São Paulo – Para cobrar melhorias no atendimento da saúde pública do município de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, moradores e movimentos sociais protestaram nessa terça-feira (21) no centro da cidade. Segundo os usuários, as unidades de saúde e hospitais da região têm apresentado problemas como a falta de medicamentos, insumos básicos e limpeza e longos prazos para realização de consultas.

No Hospital Municipal de Urgência de Guarulhos (HMU), a precarização do atendimento é justificada pelo Instituto Gerir – entidade privada contratada pela prefeitura chefiada por Gustavo Henric Costa, o Guti (PSB), para administrar o HMU – pela falta de repasse de verbas do município nos últimos meses, de um total de R$ 27 milhões. À Folha de S.Paulo, a prefeitura alega ter repassado cerca de R$ 700 mil para o pagamento dos salários de funcionários da limpeza e, neste mês, teria enviado R$ 3,8 milhões para a prestação dos serviços previstos.

Diante da crise de gestão, os manifestantes caminharam até a sede da secretaria municipal de Saúde de Guarulhos e cobraram explicações das autoridades sobre a transferência da administração da unidade para uma entidade privada. Uma comissão de oito integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi recebida pela secretária do órgão, Ana Cristina Kantzos, para a abertura de uma mesa de negociação.

“Nós queremos o prefeito também nesta mesa para nos explicar onde está indo tanto dinheiro público e por que sustentar uma empresa, que é a empresa Gerir, se ela não tá cuidando da saúde”, explica o coordenador estadual do MTST, Zelidio Barbosa Lima, em entrevista ao repórter Leandro Chaves do Seu Jornal, da TVT.

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