machismo cotidiano

Assédio às mulheres no metrô acompanha aumento de crimes sexuais em São Paulo

Metroviários dizem que constrangimento às mulheres no transporte público é corriqueiro. Corte no número de funcionários para atender à segurança dos passageiros é apontado entre as principais causas

Fábio Rodrigues Pozzebom EBC/Reprodução

Primeiros cinco meses deste ano, o índice de violência contra a mulher aumentou 16,2% na comparação com 2017

São Paulo – O assédio sexual contra mulheres cometido em vagões e estações do Metrô paulistano tem alimentado os índices de violência contra a mulher no estado de São Paulo, de acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública. Pelo estudo, de janeiro a maio os registros de crimes sexuais no estado tiveram alta de 16,2%, em relação a igual período de 2017.

Para a diretora do Sindicato dos Metroviários Elaine Damasio, o assédio diário às mulheres passageiras evidencia o reduzido quadro de funcionários e agentes de segurança nas estações, o que favorece a ocorrência de crimes. “A segurança do usuário e da usuária, nesse caso especificamente da mulher, é responsabilidade do Metrô e do governo do estado. Ele tem que dar a devida segurança à usuária”, afirma Elaine. 

A militante da Marcha Mundial das Mulheres Carla Vitória ressalta, em entrevista ao repórter André Gianocari, do Seu Jornal, da TVT que, além da omissão do poder público, há ainda a conivência da sociedade diante da violência contra as mulheres, o que impede inclusive a denúncia dos crimes cometidos às autoridades.

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