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Wagner Lino dedicou a vida à luta contra as desigualdades sociais

Sindicalistas, militantes, deputados, vereadores, advogados, jor­nalistas e amigos acompanharam o enterro do ex-vereador de São Bernardo do Campo e ex-deputado estadual pelo PT

Reprodução/Lula.com.br

Wagner Lino morreu aos 71 anos, vítima de câncer nos rins

São Paulo – Aos 71 anos, o ex-vereador de São Bernardo do Campo Wagner Lino morreu na noite desta segunda-feira (2), vítima de câncer nos rins. Lino começou sua militância nos anos 1960, no movimento estudantil de Santos, combatendo a ditadura. No Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi fundamental no período mais difícil das greves.

A diretoria dos Sindicato dos Metalúrgicos lamentou a morte de Wagner Lino. Ele entrou para a categoria em março de 1978, mesmo ano em que se filiou à entidade.

“É uma grande perda para nós. É a perda do convívio com um ser humano extraordinário, que dedicou a sua vida à luta contra as desigualdades sociais e nunca se esqueceu de seu compromisso com os trabalhadores. Seu exemplo é eterno”, afirmou o presidente do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Wagner Lino participou de comissões de fábrica e do comando de greve do ABC. Em 1980, quando o então presidente do sindicato Luiz Inácio Lula da Silva e outros dirigentes foram presos, ele integrou o comando que liderou a greve por mais de 24 dias. Na ocasião, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, que proibia e combatia a organização dos trabalhadores.

“Essa dialética, essa relação entre reforma e revolução, só pode ser entendida como o primeiro movimento de reformas é para fortalecer os trabalhadores, organizar o direito dos trabalhadores, politizando para que na caminhada para frente, as pessoas entendam que é preciso mudar as estruturas desse país. Não podemos ter a ilusão que a classe dominante vá fazer alguma coisa junto com a classe trabalhadora”, afirmou Lino, em de seus pronunciamentos.

Na política foi eleito vereador pelo PT, em São Bernardo do Campo, em 1982, obtendo a reeleição em 1988 e 1992. De 1994 a 2002, exerceu mandato de deputado estadual. Foi novamente eleito a vereador em 2004 e reeleito em 2008. Além disso, foi subprefeito de Riacho Grande, na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT). “Ele sempre foi presente na luta por democracia e por um sonho. Se alguém pode ter tido a amizade de Lino, deve dar continuidade à necessidade de indignação com qualquer injustiça que você possa enxergar”, disse Marinho.

Wagner Lino era advogado formado pela Faculdade de Direito de São Bernar­do e graduado em Gestão Pública pela Universidade Metodista de São Paulo, a Umesp. Pós-graduado em Gestão Am­biental pela Fundação Santo André e pós-graduando em Políticas Públicas pela Universidade Metodista.

Deixa dois filhos, Thiago e Rafael, e sua companheira, Creusa Trevisan.

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