Manifesto

Encontro com 1.200 ‘sem-terrinha’ faz ato em Brasília e entrega manifesto ao MEC

Crianças sem terra aproveitam encontro para conhecer capital do país e para entregar ao MEC documento que vem sendo elaborado há dois anos e retrata a realidade da infância no campo

MST

Sem Terrinha em Movimento: Brincar, Sorrir, Lutar por Reforma Agrária Popular

São Paulo – As crianças Sem Terrinha realizam um passeio lúdico-cultural pela Esplanada dos Ministérios, na capital, nesta quarta-feira. Entre as paradas da visita ao centro dos três poderes está o Ministério da Educação, onde ocorre a entrega do manifesto lançado na manhã de ontem (veja abaixo). A programação é parte do 1º Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha, que tem como lema “Sem Terrinha em Movimento: Brincar, Sorrir, Lutar por Reforma Agrária Popular”.

“Depois de dois anos de processo de elaboração do manifesto, este é o momento esperado pelas crianças sem terra para conhecer um pouquinho de Brasília, mas principalmente entregar ao MEC o resultado dessa construção coletiva delas”, explicou Marcia Ramos, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O encontro é resultado de oficinas, estudos e debates realizados com toda a infância do movimento, englobando dois eixos principais. Destaca-se o tema dos direitos da criança, calçados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

“O manifesto representa o que as crianças vivenciam nos acampamentos e assentamentos de reforma agrária no Brasil. Principalmente, neste momento de golpe, é preciso mostrar que todas as pessoas têm direito de se expressar, inclusive as crianças. Essa também é uma forma de contrapor o conservadorismo extremado e projetos que apontam para o retrocesso, como a Escola Sem Partido, o fechamento das escolas no campo e as investidas do agronegócio”, diz Márcia, que também é uma das educadoras do encontro.

O segundo tema é o direito à alimentação saudável. “No meu assentamento eu aprendi que alimentação saudável não é só comer saladas e coisas verdes, mas saber de onde vem o nosso alimento, se tem veneno ou não”, conta a Sem Terrinha Ana Clara, de 10 anos.

Com informações do MST

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