Contra o racismo e feminicídio

Ato em São Paulo condena violência e celebra resistência das mulheres negras

Terceira edição da Marcha das Mulheres Negras ocorrerá nesta quarta-feira (25) na Praça Roosevelt, região central da capital paulista, a partir das 17h

Marcello Casal Jr. EBC/Reprodução

Durante o ato, o racismo, o machismo e a violência do Estado serão alguns dos temas denunciados

São Paulo – Nesta quarta-feira (25), ocorre pelo terceiro ano consecutivo a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, que a partir das 17h terá como palco a Praça Roosevelt, região central da capital paulista. O slogan do ato, “Nossos passos vêm de longe”, traz, segundo a organização do evento, a resistência histórica de mulheres que lutaram contra as diversas formas de opressão.  

A data escolhida para pautar temas enfrentados por essas mulheres, como o racismo, o machismo e a LGBTfobia, remete também ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O 25 de julho é também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data foi homologada pela presidenta Dilma Rousseff em 2014, em homenagem à líder da resistência quilombola em Mato Grosso no século 18.

Os episódios de assassinatos de mulheres negras como Cláudia Ferreira, Luana Barbosa, mais recentemente a vereadora do Psol do Rio de Janeiro Marielle Franco e dos jovens Marcos Vinicius e Brenda Lima de Oliveira, serão relembrados durante a marcha com intuito de denunciar a violência do Estado, que faz dessas mulheres e de mães as principais vítimas.

Com a bandeira “relembrar é resistir, para sobreviver” a marcha reivindica reconhecimento, justiça e liberdade. Para contribuir com o ato, a organização criou uma campanha online para arrecadar recursos financeiros que serão investidos nas despesas do evento.