Memória

Debate reúne grevistas de 1968 em Contagem e Osasco

Evento no próximo sábado (12), no Memorial da Resistência, vai discutir impactos das mobilizações à época sobre os trabalhadores

Sind. Met. Osasco

Lançamento de biografia de José Ibrahim, em Osasco. Para autora, obra contribui formação desta e futuras gerações

 São Paulo – O impacto de 1968 para os trabalhadores é o tema de evento no próximo sábado (12), no Memorial da Resistência, em São Paulo. No centro da discussão estão as greves realizadas em Contagem (MG), em abril, e Osasco, na Grande São Paulo, em julho. Estarão presentes ex-trabalhadores que participaram daqueles movimentos.

A atividade integra o projeto Sábado Resistente, uma parceria do Memorial (vinculado à Secretaria da Cultura do Estado) com o Núcleo de Preservação da Memória Política. Esse evento, que começa às 14h, integra uma série denominada Osasco 1968+50. “As greves operárias de 1968 no país, tendo como símbolo as greves nestas duas cidades representaram o esforço de reorganização da classe trabalhadora”, afirma o Núcleo, citando ainda o 1º de Maio daquele ano, na Praça da Sé, que de ato oficial se transformou “em uma manifestação pública de protesto e repúdio à ditadura por parte dos trabalhadores e estudantes”.

Entre os participantes, estão Ênio Seabra, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem; João Batista Cândido, metalúrgico, coordenador da Juventude Operária Católica (JOC), ex-funcionário da Cobrasma e ex-secretário-geral do sindicato de Osasco, na chapa liderada por José Ibrahim; Luís Cardoso, o Luisão, ex-funcionário da Braseixos; Luiz Antonio Duarte, ex-militante da Ação Popular; e Luci Praun, socióloga, professora do Centro Universitário Fundação Santo André e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses.

O Memorial da Resistência fica no Largo General Osório, 66, 5º andar, bairro da Luz, região central de São Paulo, no prédio que abrigou o Dops. 

Biografia

Na semana passada, o sindicato de Osasco lançou biografia de José Ibrahim, que morreu há cinco anos. O livro foi escrito pela jornalista Mazé Chotil. “É uma forma de contribuir com a formação da atual e das futuras gerações”, afirmou.