Reforma Agrária

MST ocupa fazenda de Oscar Maroni em Araçatuba

Segundo movimento, propriedade ocupada já esteve envolvida em processos trabalhistas que a puseram leilão em 2016. Sem-terra também estão na sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo

MST

Manifestantes exigem que a área seja destinada para a reforma agrária e para a produção de alimentos agroecológicos

São Paulo – Como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou a fazenda Santa Cecília, localizada em Araçatuba, interior de São Paulo, que pertence ao empresário Oscar Maroni, dono da boate paulistana Bahamas.

De acordo com o movimento, a propriedade tem 1700 hectares e já esteve envolvida em processos trabalhistas que a puseram em disponibilidade para leilão em 2016. Os sem-terra exigem que a área seja destinada para a reforma agrária e para a construção de um assentamento com produção de alimentos agroecológicos.

Pelo seu perfil no Twitter, o MST anunciou ainda que ocupou a sede da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, que no início desta manhã tem cerca de 180 trabalhadores do campo e da cidade.

Também nesta madrugada, cerca de 150 famílias ocuparam a fazenda MOXX, propriedade de 450 hectares, no município de Casa Nova (BA). Agora, recebe o nome de Acampamento Eldorado dos Carajás.

“Não são quaisquer latifúndios, mas de golpistas, seja os que executaram ou que patrocinaram o golpe”, disse, em entrevista à Rádio Brasil Atual, Ayala Ferreira, da coordenação nacional do MST, que ainda falou sobre a ocupação da sede da Rede Bahia. “A Globo é uma das principais articuladoras do golpe que a sociedade tem enfrentado. É uma combinação de várias ações que os trabalhadores do campo têm buscado para evidenciar esse contexto de violência e de paralisação da reforma agrária.”

Além de marcar os 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás e o abandono da reforma agrária, as iniciativas da Jornada têm como objetivo denunciar a arbitrariedade da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cobrar agilidade nas investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

 

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