São Paulo – Um encontro em São Paulo, nesta terça-feira (24), vai discutir a obra e a trajetória de Antonio Benetazzo, artista plástico e ativista político assassinado pela ditadura em outubro de 1972. O evento é organizado pelo Instituto Vladimir Herzog (IVH), com apoio da Unibes Cultural, e tem como objetivo “pensar a arte como resistência”. Além disso, a exposição Antonio Benetazzo, permanências do sensível, no acervo do IVH, está na plataforma Google Arts&Culture. 

Nascido em 1941 em Verona (Itália), Benetazzo veio com a família para o Brasil na década de 1950. Em 1964, entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP). Militou primeiro na Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1968, passou a atual clandestinamente, viajando inclusive para Cuba, e alguns anos depois foi para o Movimento de Libertação Popular (Molipo). 

Preso, foi levado para o chamado Sítio 31 de Março, na periferia de São Paulo, e brutalmente assassinado. A repressão divulgou a falsa notícia de que a morte foi causada por atropelamento durante uma fuga. 

Devem participar da conversa, amanhã, a partir das 19h30, o pesquisador e curador da exposição, Reinaldo Cardenuto, o artista gráfico Elifas Andreato, a ex-coordenadora de Políticas de Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo Carla Borges e o diretor-executivo do IVH, Rogério Sottili, ex-secretário nacional e municipal de Direitos Humanos. Também será exibido o documentário Entre Imagens (Intervalos), dirigido por Cardenuto e André Fratti Costa. 

O evento é gratuito. Ingressos podem ser solicitados por este site. A Unibes fica na Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré, zona oeste de São Paulo, ao lado do metrô Sumaré.