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Moradores protestam contra remoções no Rio de Janeiro

Eles reclamam da truculência e arbitrariedade dos agentes da prefeitura que atuam nas ações de despejo e da falta de diálogo com a gestão Crivella

reprodução/TVT

Movimentos por moradia computam pelo menos 50 mil famílias com risco de serem despejadas a qualquer momento

São Paulo – Moradores de comunidades do Rio de Janeiro protestaram nesta segunda-feira (5) contra ações arbitrárias de remoção e despejo. Eles se concentraram em frente ao Palácio da Cidade, onde fica o gabinete do prefeito Marcelo Crivella (PRB) e, depois de meses de falta de diálogo, foram recebidos pela secretária de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Verena Andreatta. Mas o clima geral é desconfiança. 

“Queremos saber o porquê da remoção. A gente tem essa desconfiança que há um processo de reestruturar a cidade a partir das remoções”, diz Antônio Xaolim, morador da Rocinha à repórter Viviane Nascimento, para o Seu Jornal, da TVTSegundo os movimentos que lutam por moradia, atualmente, são 50 mil famílias ameaçadas de remoção. 

Além daquelas que estão no alvo da prefeitura do Rio, alguns casos são de problemas com a União, como na comunidade do Horto Florestal, também na zona sul, que há décadas, luta contra desapropriação. São família de trabalhadores do Jardim Botânico que, há mais de 100 anos ocupam o território, que é hoje uma das áreas mais valorizadas da cidade. 

“A gente tem 521 famílias ainda ameaçadas de remoção e sem nenhuma garantia de uma nova moradia, e nem de nenhum tipo de indenização”, conta Emerson de Souza, da Associação de Moradores e Amigos do Horto Florestal.

A moradora da comunidade da Barrinha Janine de Castro conta que os funcionários chegam com o aviso de demolição, sem nenhuma assistência aos moradores. “Pessoas ficam doentes, não trabalham em paz, não vivem em paz, não saem mais de suas casas com medo de chegar a qualquer hora e sua casa estar no chão”, afirmou.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT

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