Crime no ABC

Morte de Luan por PM não pode cair no esquecimento, diz padre de Santo André

Em missa de menino de 14 anos morto por policial quando ia comprar bolacha, no Parque João Ramalho, padre afirma que já foi vítima de violência e racismo

TVT

Adolescente foi atingido com tiro na cabeça

São Paulo – “A gente percebe que nem sempre a polícia está preparada. Sou de Santo André. Já fui parado não sei quantas vezes mesmo dizendo que sou padre. Talvez por negro ou estar dirigindo um carro preto, acham que é bandido. Já passei por vários constrangimentos aqui, sobretudo na periferia, Parque João Ramalho.” O desabafo é do padre Odair Bezerra, durante a missa de sétimo dia do menino Luan Gabriel. O adolescente foi morto no último dia 5, em Santo André, no ABC paulista, quando ia comprar bolachas.

“Nunca fui tão constrangido como aqui”, diz padre Odair. “Não pode cair no esquecimento a morte do Luan. Até porque é menor. Ele poderia ser protegido pelos que têm o direito e a autoridade de proteger a sociedade.”

Carregando balões e usando camisetas brancas pedindo paz, centenas de pessoas fizeram caminhada até o local onde o jovem foi atingido por um tiro disparado pelo  policial militar Alécio José de Souza, no último domingo. Luan foi atingido na cabeça. O PM alega que revidou um tiro. 

Assista à reportagem da TVT

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