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Doria lança programa antienchentes com entrega de obras apenas depois do verão

Período crítico de alagamentos em SP, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro contarão apenas com manutenção e limpeza de galerias

Secom/PMSP

O prefeito João Doria faz anúncio das medidas contra enchentes em São Paulo por conta da proximidade das chuvas de verão

São Paulo – O prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), anunciou hoje (29) as ações preventivas de sua gestão na Operação Chuvas de Verão para o final deste ano e o início de 2018. No entanto, das seis principais obras de infraestrutura anunciadas (leia abaixo), somente uma deve ser concluída no próximo ano – e apenas em fevereiro. Portanto, já no final do período mais intenso de chuvas. Além disso, apenas três de 14 ações previstas no Programa de Redução de Alagamentos devem ser entregues em dezembro deste ano. As demais devem ficar para durante ou após o período de chuvas. Parte das obras, afirmou o prefeito, conta com apoio do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).

As seis principais obras de infraestrutura são: nova Galeria da Rua Pindamonhangaba, na Zona Leste, que terá o investimento de R$ 23 milhões (em fase de captação de recursos); piscinão Mooca 2, com investimento previsto de R$ 96 milhões (em fase de captação de recursos); piscinão do Córrego Ipiranga, orçado em R$ 160 milhões (previsão de término no 2º semestre de 2019); mini piscinão da Vila Itaim, com investimento previsto de R$ 96,4 milhões (previsão de conclusão: 16 meses após o início das obras, mas ainda sem data para serem iniciadas; melhorias no Córrego Cordeiro, na região de Americanópolis, com investimento de R$ 54 milhões (conclusão prevista para fevereiro de 2018).

Para o mini piscinão Aricanduva a perspectiva é de que entre em operação ainda neste verão. No entanto, seria apenas uma parte pequena da obra total, com capacidade para armazenar 3,2 mil metros cúbicos de água. Estão previstos outros três mini piscinões na região, estes com capacidade total de 11,3 mil metros cúbicos de água, que devem ter as obras iniciadas em 2018.

Já o Programa de Redução de Alagamentos (PRA) é composto por contratos no valor de R$ 36,9 milhões, para obras em 14 bairros, sendo nove em 2017 e cinco em 2018. No entanto, das obras realizadas, apenas três devem ser entregues antes do início da temporada de chuvas: as das ruas Joaquim Odorico Teixeira (zona sul), Pinheiro Machado (zona oeste) e Chacuru (zona leste). A única obra já totalmente concluída é o Reservatório Guamiranga, na zona leste, com capacidade para 850 mil metros cúbicos de água, entregue em fevereiro deste ano.

Durante o anúncio do programa antienchentes, Doria buscou destacar a atuação da Secretaria das Prefeituras Regionais, que administra 20 piscinões na cidade. Segundo a prefeitura a secretaria realizou, neste ano,  1,4 milhão de metros lineares de limpeza manual em córregos e 78 mil metros lineares de limpeza mecanizada. O orçamento deste ano é de R$ 150 milhões, que também contempla conservação de galerias, piscinões e microdrenagem.

No entanto, reportagem da Folha de S.Paulo revelou que, até o início de novembro, a gestão Doria gastou somente 21% do orçamento previsto no ano para drenagem, cerca de R$ 172 milhões do total de R$ 837 milhões. No ano de 2016, a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad investiu R$ 393 milhões no setor.

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