Reação

Conselho Nacional de Direitos Humanos defende revogação de medidas de Temer

Parlamentares, defensores, intelectuais e movimentos sociais discutem estratégias de resistência aos retrocessos do governo Temer, durante Encontro Nacional de Direitos Humanos, em Brasília

Reprodução/TVT

“Tudo o que a gente havia conseguido está sendo destruído”, lamentou a professora da Zélia Amador de Deus, da UFPA

São Paulo – O presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo, defendeu a revogação de medidas do governo Temer, como a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos. “Vamos debater com a sociedade a revogação dessas políticas, principalmente da emenda 95, que estabelece o teto de gastos, e outras, como a reforma trabalhista, que já  retiraram direitos da classe trabalhadora”, afirmou. 

Durante o primeiro dia do Encontro Nacional de Direitos Humanos 2017, que ocorre entre quarta (8) e quinta-feira (9), na Câmara dos Deputados, Frigo também defendeu também anunciou um “pacto” entre diversos órgãos e entidades que fazem a defesa dos Direitos Humanos frente às ameaças representadas pelo crescimento da intolerância e do conservadorismo. 

O presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Paulão (PT-AL), lamentou o desinteresse de parlamentares da base do governo pelo encontro. “Qual é a pauta que eles querem? Um estado nacional mínimo, para vender as estatais, retirar direitos e cortar orçamento”, afirmou ao repórter Uélson Kalinovski, para o Seu Jornal, da TVT. Ele também afirmou que as medidas tomadas por Temer contribuem para o aumento da desigualdade e da violência. 

O secretário de Direitos Humanos de Minas Gerais, Nilmário Miranda, afirmou que o que está em jogo em xeque no momento são os pilares da Constituição Federal, como a soberania popular, o trabalho decente, a seguridade social. 

Vivemos um momento, da queda da ditadura para cá, em que a gente respirou, pôde sonhar e construir algumas utopias. Hoje, estamos vivendo um momento em que tudo o que a gente havia conseguido está sendo destruído”, lamentou a professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Zélia Amador de Deus, figura destaca do movimento negro.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT 

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