São Paulo – A Central de Movimentos Populares (CMP) realiza, neste fim de semana, seu 6º Congresso Estadual em São Paulo. Segundo Raimundo Bonfim, coordenador do movimento, o objetivo é discutir o momento atual das conjunturas nacional e estadual.

Com o lema “nenhum direito a menos”, Raimundo explica que, apesar de discutir todos os cenários, haverá destaque para a situação política, econômica e social paulista. A ideia é mostrar que não há diferenças entre as políticas de Temer e Alckmin.

“Os movimentos sociais possuem mais dificuldades para conseguir fazer um enfrentamento ao governo do estado. Sempre trabalhamos no cenário municipal e nacional, e o governador de São Paulo fica esquecido pela população”, conta, em entrevista a Marilu Cabañas na Rádio Brasil Atual.

De acordo com ele, há uma blindagem a Geraldo Alckmin, o que dificulta a mobilização contra o governador. “Há um domínio absoluto do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de São Paulo) sobre o Judiciário, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa. É um aparelhamento, sem nenhuma autonomia entre os poderes. Ainda tem a blindagem da grande mídia”, critica.

O evento reunirá 300 delegados eleitos em oito congressos realizados em todas as regiões do estado. Para Raimundo, o único caminho é a luta. “Não temos outra alternativa, temos que nos reorganizarmos através dos movimentos populares. É um momento difícil, mas é nessa hora que temos que nos rearticular. Temos que ter esperança, por isso vamos nos mobilizar.”

No sábado (21), às 9h, os movimentos farão um ato para celebrar a abertura do encontro, que será realizado quadra do Sindicato dos Bancários, na Rua Tabatinguera, 192, centro da capital paulista.

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