Direitos iguais

Fórum debate a situação dos imigrantes e refugiados no Brasil

Evento também discutiu o papel da mídia na percepção da população sobre a presença de estrangeiros no Brasil. “Não devemos olhar como pessoas estranhas no nosso país', disse representante da OAB-SP

Arquivo EBC

Até o final de 2016, o Brasil reconheceu um total de 9.552 refugiados de 82 nacionalidades

São Paulo – Com o objetivo de estimular a reflexão sobre a função da mídia, o desenvolvimento de políticas públicas e o papel das entidades sociais, foi realizado no auditório do Museu de Artes de São Paulo (Masp), na tarde desta quarta-feira (20), o 1º Fórum sobre Imigrantes e Refugiados no Brasil.

Promovido pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), o evento, intitulado E eu, onde fico?, também discutiu o agravamento da crise mundial dos refugiados. Segundo Ali Hussein El Zozghbi, vice-presidente da Fambras, o debate sobre o tema é muitas vezes influenciado por preconceito e desinformação.

Para ele, o debate foi importante por trazer soluções para a questão após a aprovação da nova lei de imigrações no Brasil. El Zozghbi explicou que o fórum ainda discutiu o papel da mídia na percepção de “quem é esse ser humano, imigrante e refugiado, e qual a importância dele no passado e para o futuro”.

Presidenta da ONG África no Coração, a angolana Maria Fernanda destacou o papel dos povos estrangeiros na história de São Paulo e do Brasil, lembrando que o país foi construído também por imigrantes. “É importante dar visibilidade, as pessoas pensam que refúgio e a imigração só acontece no continente europeu”, disse ela.

Assessor especial da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Douglas Galhaso destacou a importância de se garantir os direitos dos estrangeiros, iguais aos de qualquer brasileiro. “Não devemos olhar como pessoas estranhas no nosso país e realmente abraçar o povo estrangeiro como sendo nosso povo também”, afirmou.

Acompanhe a cobertura do Fórum pela Rádio Brasil Atual:

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