Nenhum direito a menos

Movimentos populares marcham nesta quarta por ‘Fora, Temer!’ e diretas

Para lembrar o Dia Nacional de Políticas Públicas, manifestações exigem o fim do governo Temer e eleições diretas. Em São Paulo, marcha vai ao Ministério Público, reafirmar que 'lutar não é crime'

reprodução/CMP

CMP destaca desmonte das políticas públicas e crescimento do autoritarismo, após o golpe do governo Temer

São Paulo – Levantando as bandeiras pelo “Fora, Temer!”, com eleições diretas para definir a sucessão, além da luta por nenhum direitos a menos, a Central de Movimentos Populares (CMP) sai às ruas nesta quarta-feira (31) em diversas cidades do país para marcar o Dia Nacional de Políticas Públicas. Estão previstas manifestações em diversas cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Pernambuco, Goiás e no Distrito Federal.

Também com o mote de combate à criminalização dos movimentos sociais, a manifestação da CMP na cidade de São Paulo, a partir das 11h, marcha pelo centro da cidade, desde o Pátio do Colégio até a sede do Ministério Público Estadual (MPE) – o órgão tem como responsabilidade constitucional fiscalizar a atividade policial. Lá, deverão protocolar representação solicitando investigação da atuação violenta da polícia contra manifestações populares e movimentos sociais. 

Dada a crescente repressão às manifestações políticas e aos movimentos sociais, com destaque para a violência policial contra o Ocupa Brasília na última quarta-feira (24), o recrudescimento da violência no campo e também às ações truculentas contra os usuários da Cracolândia, em São Paulo, ao longo da última semana, lideradas pelo prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, e a detenção de ativistas durante a realização da última greve geral (em 28 de abril), a CMP também faz questão de ressaltar que “lutar não é crime”. 

A CMO organiza mobilizações no Dia Nacional de Políticas Públicas há cinco anos. As manifestações desta quarta, porém, ganha contornos especiais devido ao desmonte de direitos dos trabalhadores promovido pelo governo Temer nas mais diversas áreas, representado especialmente pelas reforma trabalhista e da Previdência.

“Há uma total destruição das políticas públicas em consequência da redução do papel do estado. Nesse momento, a gente tem um programa sendo implementado por um governo golpista e um Congresso com grande parte dos seus membros envolvidos em corrupção, que querem transferir recursos da classe trabalhadora, dos mais pobres, para o andar de cima, para os ricos”, afirma Raimundo Bonfim, integrante da coordenação da CMP.

Raimundo denuncia também o aumento do autoritarismo, com características fascistas, que ocorre em decorrência da permanência do governo ilegítimo de Michel Temer. 

 

 

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