violência policial

Estudante agredido por PM de Marconi Perillo (PSDB) continua em estado grave

Mateus Ferreira da Silva continua em estado grave no Hospital de Urgências de Goiás; amigos fazem vaquinha na internet para custear passagens e estadia para os pais do estudante

Cuca da UNE

Estudante atingido por cassetete da PM no rosto teve múltiplas fraturas e segue em estado grave

São Paulo – Amigos do estudante Mateus Ferreira da Silva, gravemente atingido no rosto pelo cassetete de um agente da Polícia Militar do estado de Goiás durante manifestação na última sexta-feira, dia da greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência, criaram hoje (30) uma “vaquinha” virtual para custear as passagens e estadia para seus familiares, que moram em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Objetivo é arrecadar R$ 10.000,00. Até agora, foram doados R$ 2.370,00.

A situação do estudante de Ciências Sociais, de 32 anos, é grave segundo o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). Pela manhã ele foi submetido a uma cirurgia que demorou mais de quatro horas. Golpes do cassetete que chegou a se quebrar no momento em que atingiu o rosto do estudante causaram traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas

De acordo com nota oficial da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) do governo de Marconi Perillo (PSDB), a pasta “condena veementemente as agressões sofridas”, que “tais agressões não condizem com as tradições e o legado histórico da Polícia Militar de Goiás”, que “a SSPAP não compactua com esses atos que ferem a ética da corporação cuja missão é proteger vidas” e que “o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves, determinou o imediato procedimento para investigar a atuação dos policiais militares que ocasionaram as agressões”.

A PM goiana, no entanto, é conhecida pela maneira como trata estudantes e trabalhadores. Em maio do ano passado, reprimiu com violência – uso de bombas de gás e cassetetes – diversas manifestação de estudantes secundaristas, que protestavam contra a privatização da educação por meio de Organizações Sociais (OS), e a militarização do ensino público no estado. Vários estudantes foram feridos e tantos outros detidos.

 

 

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