Mais amor, menos motor

Nas redes sociais, internautas divergem sobre a realização da Pedalada Pelada

Décima edição do evento, realizada ontem em São Paulo, provoca críticas de internautas conservadores, que se mostram incomodados com ato que destaca a fragilidade do corpo no trânsito

Marcelo Rocha / Mídia NINJA

Concentração na Praça do Ciclista: pedalar pelado é ato de resistência contra a violência no trânsito

São Paulo – A realização da décima edição da Pedalada Pelada, na noite deste sábado (11), em São Paulo, causou discussão nas redes sócias entre os internautas que apoiam e os que são contra a iniciativa.

“Não é preciso nem entrar no perfil das pessoas para saber se são coxinhas ou de esquerda. Basta ver os comentários ridículos e cheios de ofensas! Achei o máximo a ideia, se queremos mudar temos que incomodar”, disse uma internauta.

“E realmente incomoda ver tanta gente disposta a fazer tamanha babaquice”, afirmou outro internauta, contrário à realização do evento que busca chamar a atenção da fragilidade dos corpos frente à velocidade dos carros.

Segundo informou a página do coletivo Mídia Ninja no Facebook, a primeira edição da Pedalada Pelada no mundo foi em 2004 em 16 países, e vem seguindo desde então cada vez maior.

“Desde que comecei a vir a WNBR (Word Naked Bike Ride, nome oficial do evento) vi que isso traz um grande escândalo pra cidade, mas os assassinatos que os carros cometem, ninguém olha. Pedalar pelado é uma resistência e ao mesmo tempo uma fragilidade, pois nos sentimos assim no trânsito, sem proteção alguma”, disse Henrique Espírito Santo, ciclista que frequentou neste sábado sua quinta pedalada.

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