pec 287

Contra a reforma da Previdência, movimentos ocupam Ministério da Fazenda em Brasília

Movimentos sociais e sindical abrem dia de resistência contra reformas do governo Temer e defesa de conquistas dos trabalhadores

Povo Sem Medo / Facebook

Manifestantes ocupam sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, em protesto contra retirada de direitos por Temer

São Paulo – Cerca de 1.500 pessoas ocuparam na madrugada desta quarta-feira (15) a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. A ação faz parte do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação Contra as reformas trabalhista e da Previdência, organizada por movimentos sociais do campo e da cidade que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de centrais sindicais. 

A ocupação é realizada por movimentos da Via Campesina Brasil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). E tem o apoio de integrantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) do Distrito Federal, além d trabalhadores de diversas categorias de sindicatos da CUT.

As manifestações pelo dia nacional de mobilizações em Brasília começaram às 8h, na Catedral, de onde os manifestantes planejam seguir até o Ministério da Fazenda e se somar à ocupação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que realiza congresso, levará cerca de 2 mil trabalhadoras e trabalhadores rurais ao protesto.

A perda de direitos e os retrocessos promovidos pelo governo Temer são os principais motivadores da ocupação, que tem sua centralidade na luta contra a reforma da Previdência, enviada pelo presidente Michel Temer em dezembro, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287.

Dia Nacional de Mobilização

As atividades contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer, que mobilizam milhares de pessoas em todo o Brasil, foi o eixo principal das mobilizações de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e é o mote do dia de mobilização e paralisações que acontece em todas as capitais e diversas cidades. O dia também é de protestos contra a reforma trabalhista e a liberação irrestrita da terceirização em todos os níveis das empresas.

Diversos sindicatos também realizarão assembleias e atos. A maior mobilização prevista será a dos professores e funcionários da educação que, segundo a CNTE, deve contar com a participação de milhões de trabalhadores em todo o Brasil.

 

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