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Mulheres marcham no RS por direitos e contra reformas de Temer

Desde as primeiras horas da manhã, milhares se reuniram às margens do Guaíba, em Porto Alegre, para protestar contra a violência e retirada de direitos

Maia Rubim/Sul21

Marcha lembrou diversas formas de violência que atingem as trabalhadoras do campo e das cidades

São Paulo – Mulheres trabalhadoras, estudantes e aposentadas e integrantes de diversos movimentos sociais e sindicais se reuniram desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, em Porto Alegre, para marchar contra o o conjunto de reformas pretendidas pelo governo de Michel Temer (PMDB) que ataca direitos previdenciários e sociais. 

Elas começaram a se concentrar por volta das 5h, às margens do Rio Guaíba, e logo depois saíram em caminhada em direção ao centro da capital gaúcha. Com faixas e carros de som, lideranças de movimentos sociais chamavam a atenção pela necessidade de lutar contra projetos do governo, em especial a reforma da Previdência e o desmonte do SUS

“Para nós, é importante mostrar que as reformas que estão sendo colocadas em votação atingem toda a classe trabalhadora, por isso decidimos que hoje é um dia de luta por nenhum direito a menos”, diz Salete Carollo, dirigente do MST. Segundo ela, a marcha tem quatro bandeiras: contra a reforma da Previdência, contra o ajuste fiscal, contra as diversas formas de violência que atingem as trabalhadoras e, por último, “para mostrar que não aceitamos esse governo golpista do Temer”.

“O ajuste fiscal do governo Temer vem pra desmontar o SUS, que é a maior política inclusiva do povo, e desestrutura a educação, que é estratégica para o desenvolvimento”, diz Debora Melecchi, coordenadora da CTB-RS.

Vice-presidente do Centro de Professores do Estado (Cpers Sindicato), Solange Carvalho afirmou que para os professores estaduais, categoria formada majoritariamente por mulheres, participar da marcha deste 8 de março é essencial. “Essa reforma atinge principalmente as mulheres, por isso nós estamos aqui protestando e mostrando a unidade na luta contra a retirada de direitos.”

Para marcar a resistência contra a reforma da Previdência, a marcha de mulheres seguiu em direção à sede do INSS, na Avenida Mauá. Mais tarde, às 10h, em frente à Assembleia Legislativa, um seminário vai tratar dos riscos da reforma.

Com informações do Sul 21

 

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