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Sem feriado da Consciência Negra, Porto Alegre faz Marcha do Orgulho Crespo

No Parque da Redenção, dezenas de pessoas participaram da caminhada que seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares

TVT/REPRODUÇÃO

‘Aqui não tem só loira de cabelo liso e olho azul. A gente quer representatividade’, diz Débora

São Paulo – Para debater o racismo no território gaúcho, o movimento negro realizou na última terça-feira (15), na capital gaúcha, (15) a Marcha do Orgulho Crespo, parte da semana de atividades e manifestações por todo o país contra a desigualdade racial. No início do mês, a Justiça de Porto Alegre considerou inconstitucional o feriado do próximo domingo, 20 de novembro, apesar de em várias cidades do país a data lembrar o Dia da Consciência Negra.

No Parque da Redenção, zona central da capital gaúcha, dezenas de pessoas participaram da caminhada que seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares, onde ocorria a 26ª Semana da Consciência Negra de Porto Alegre. “A gente tá aqui para dizer que Porto Alegre também é preta. Aqui não tem só loira de cabelo liso e olho azul. A gente aqui e quer representatividade”, diz Débora Santos, uma das organizadoras da Marcha.

A ação que levou a justiça a se posicionar contra o Dia da Consciência Negra em Porto Alegre foi movida pelo Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) local, que alegou prever prejuízo caso ocorresse o feriado. “Falam que foi o comércio, mas eu não acredito. Não é um estado que cultua a nossa cultura. A gente construiu esse estado e mesmo assim a nossa cultura é totalmente renegada. Para mim, não foi o comércio, foi muito mais o racismo”, questiona Iris Nunes, também organizadora do evento, em entrevista ao repórter Guilherme Oliveira, da TVT.

“A força de todo mundo junto faz com que iremos mais além, faz com que a menina 5 anos admire seu cabelo. Deus nos fez assim e somos bonitos desse jeito. Não precisamos nos enquadrar no padrão de novela, somos bonitos de qualquer forma”, acrescenta Iris.

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