repressão

Movimentos realizam ato contra a escalada da violência policial em manifestações

Mobilização no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo contará com a participação de intelectuais como a psicanalista Maria Rita Kehl e o advogado e ativista de direitos humanos Aton Fon Filho

Edson Palheta / Jornalistas Livres

Ato Fora, Temer realizado em Belém: repressão policial em um momento em que Justiça respalda o Estado de exceção

São Paulo – Movimentos sociais realizam hoje (21), às 19h, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, no centro da capital, ato de protesto contra a escalada da violência policial em manifestações. O ato é promovido pela Frente Brasil Popular (FBP) e Fórum 21, entre outras entidades, e contará com a participação de nomes como a psicanalista Maria Rita Kehl, o advogado e ativista de direitos humanos Aton Fon Filho e o ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Alderon Costa.

Diante da crescente repressão e criminalização dos movimentos sociais, as entidades do campo progressista promovem o evento, batizado de “Ato pela Garantia do Direito de Expressão, Contra a Criminalização e Repressão dos Movimentos Sociais”. A atividade reunirá advogados, líderes religiosos, dirigentes e lideranças de movimentos sociais e da juventude, entre outros.

Segundo os organizadores, o encontro tem por objetivo denunciar a violação ao direito de expressão, a criminalização dos movimentos sociais, a repressão às manifestações, bem como debater formas de fazer valer a garantia constitucional de manifestação e repudiar o avanço do Estado de exceção, em curso no Brasil, como a infiltração de integrante do Exército em reuniões de movimentos sociais, com a anuência do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Na avaliação do coordenador estadual da FBP, Raimundo Bonfim, a orientação do MEC, dada ontem (20), para que dirigentes das escolas ocupadas denunciem os estudantes é uma sinalização clara que estamos vivendo um Estado de exceção. “Temos o direito de nos organizar”, defende Bonfim. “Pelo que tenho conhecimento, nem na época da ditadura isso ocorreu como orientação do Estado brasileiro. É uma situação muito grave e é preciso reagir.”

Confirmaram presença no evento, que ocorrerá nesta sexta (21), às 19h, no Sindicato dos Engenheiros (rua Genebra, 25, centro de São Paulo:

Bispo Flávio Iara – Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic)
Antonio Funari – Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
Ariovaldo Ramos – Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Magda Biavaschi – Desembargadora aposentada da Justiça do Trabalho
Aton Fon Filho – advogado de movimentos sociais
Alderon Costa – ouvidor geral da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Nátaly Santiago – Levante Popular da Juventude
Anivaldo Padilha – Fórum 21
Raimundo Bonfim – Central de Movimentos Populares e Frente Brasil Popular
João Paulo Rodrigues – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Grupo Mistura Popular– animação cultural
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