São Paulo – O ouvidor das polícias do estado de São Paulo, Júlio Cesar Fernandes, cobrou hoje (2), em entrevista à Rádio Brasil Atual, a atuação do Ministério Público de SP na apuração de responsabilidade no excesso do uso da força por parte da PM em manifestações contra Michel Temer. “A gente provoca o Ministério Público, o fiscal da lei, porque ele tem que ir para cima e penalizar os responsáveis pelo episódio lamentável. O MP é o fiscal direto da ação da Polícia Militar. Ele que tem o poder para iniciar uma ação penal, que tem que tomar as rédeas da investigação.“

Fernandes lembrou o caso da estudante Deborah Fabri, atingida por estilhaços de bomba de gás lacrimogêneo e perdeu a visão do olho esquerdo. “Quando existe uma lesão corporal gravíssima a partir de um confronto com a PM, nós temos que tomar uma iniciativa de provocar a instituição responsável por promover uma ação penal contra os policiais autores do fato, para que sejam identificados e processados”, afirmou.

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Segundo o ouvidor, a impunidade é o principal fator para que os ataques da PM contra os manifestantes continuem. “Nós enviamos um ofício denunciando o que ocorreu para que o Ministério Público venha participar. Ninguém (da PM) está sendo penalizado, então os ataques têm continuidade.”

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