governo totalitário

Haddad critica violência de militares e coleta evidências para ir ao MP

'Todos foram unânimes ao dizer que os manifestantes se comportaram muito bem (...) Não apenas os parlamentares que são testemunhas, mas também a imprensa que cobriu', disse o prefeito

Roberto Parizotti/ CUT

‘Nenhum prefeito gosta disso em sua cidade, sobretudo, sem nenhuma razão’, disse Haddad

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), divulgou um vídeo sobre a violenta ação da Polícia Militar ontem (4), na região do Largo da Batata, zona oeste da capital. O local foi escolhido como ponto final de mobilização que saiu da Avenida Paulista, contra o presidente Michel Temer (PMDB) e por eleições diretas. “Nenhum prefeito gosta disso em sua cidade, sobretudo, sem nenhuma razão”, afirmou sobre bombas que foram lançadas contra manifestantes, mesmo após a dispersão do ato.

“Todos foram unânimes ao dizer que os manifestantes se comportaram muito bem (…) Não apenas os parlamentares que são testemunhas, mas também a imprensa que cobriu”, disse o prefeito. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o ex-ministro e fundador do PSB Roberto Amaral, entre outros, estavam no ato, e presenciaram a violência da PM.

O senador Lindbergh afirmou que vai denunciar a PM na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA). Já Haddad afirmou que está coletando evidências para pedir uma apuração do caso. “O Ministério Público tem que abrir um inquérito para verificar o que aconteceu. Estamos em contato a partir de informações que vão chegando”, disse o prefeito.

Haddad ressaltou que, além de pacífica, a manifestação cumpriu com todos os pontos que foram exigidos pela Secretaria de Segurança Pública da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). “Todos os pedidos da SSP foram plenamente observados. O horário de saída e o trajeto foi combinado (…) Eu mesmo mediei a negociação. Recebi relatos de que no momento da dispersão estava tudo tranquilo e começaram as cenas de violência.”

Na sexta-feira (2), o prefeito postou em redes sociais um relato sobre as negociações, intitulado “Não à violência, por uma cidade democrática”. Ele afirmou ter ficado “consternado pelas cenas de violência das últimas manifestações” e que mediou “os entendimentos entre organizadores das manifestações de domingo e a SSP”. “O acordo foi firmado e o ato ocorre, como previsto, no domingo na Paulista (…) Espero que tudo transcorra bem”, disse, dois dias antes de se repetirem cenas injustificadas de repressão da Polícia Militar de São Paulo.

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