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Fiesp não vai entregar o que prometeu a Temer, diz dirigente da CUT

'Queremos empregos e direitos, sem alterações que prejudiquem trabalhadores', disse o presidente da central em São Paulo, Douglas Izzo, em ato na Avenida Paulista

Roberto Parizotti

‘Os mais prejudicados pela PEC 241 serão quem utiliza saúde e educação pública’, disse Douglas Izzo

São Paulo – O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, disse hoje (22), durante ato das centrais sindicais na Avenida Paulista, que os sindicatos e os trabalhadores não permitirão nenhum retrocesso em direitos que venham a ser propostos pelo presidente Michel Temer. Ele afirmou que diversas categorias estão articulando uma greve geral em protesto contra ataques a direitos trabalhistas. O ato teve a presença de dirigentes e militantes de sete centrais sindicais.

“Avisamos: os trabalhadores não vão pagar o pato e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não vai entregar o que prometeu a Temer, porque aqui a classe trabalhadora está mobilizada. Vai ter luta!”, disse o dirigente cutista.

“Queremos empregos e direitos garantidos, sem mudanças que prejudiquem os trabalhadores, como as propostas de reforma da Previdência, aumento da jornada, terceirização e o acordado sobre o legislado”, acrescentou.

Douglas reafirmou que os trabalhadores estão mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que pretende congelar investimentos sociais públicos em saúde, educação e outras áreas pelos próximos 20 anos. “Os mais prejudicados serão quem utiliza saúde e educação pública.”

“O governo já voltou atrás e disse que deixará parte das reformas para o ano que vem, mas estamos espertos porque o DNA de Temer é entreguista não vamos baixar a guarda. Estão destruindo o Brasil. Aproveitaram o caso da Petrobras para entrega-la e não vamos permitir, porque ela é nossa”, disse o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira. “Temos que lutar também pela redução da taxa de juros, que prejudica a nação, o trabalhador e fecha empresas. Essa deve ser uma pauta central da classe trabalhadora.”

O presidente da CTB, Adilson Araújo, lembrou das conquistas para os trabalhadores durante os governos Lula e Dilma. “O Brasil chegou quase a ter pleno emprego. Querem desmontar uma estrutura de programas sociais que fizeram com o que o salário mínimo valorizasse 76% entre 2002 e 2015”, afirmou. “O governo e o Congresso quer impor uma pauta liberal, a mesma executada durante os anos de Fernando Henrique Cardoso.”

“Querem igualar a Previdência para homens e mulheres, mas não vamos deixar porque isso já é um direito conquistado”, disse o 1º secretário da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. “O país precisa gerar empregos, mas com qualidade.”

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