sem incentivos

Pequenos agricultores do Rio temem corte de investimentos e fim de políticas públicas

Principal responsável pela comida que chega às mesas das famílias brasileiras, a agricultura familiar responde por cerca de 70% de todo o alimento produzido no país

TVT/Reprodução

Daniel e Rosângela aprenderam com os pais como plantar com respeito à natureza e à saúde dos consumidores

São Paulo – Pequenos produtores agrícolas do Rio de Janeiro estão preocupados com a continuidade de investimentos e de políticas públicas que valorizam esse tipo de negócio. Feiras livres voltadas para pequenos produtores e agricultores orgânicos ainda são escassas no estado.

Principal responsável pela comida que chega às mesas das famílias brasileiras, a agricultura familiar responde por cerca de 70% de todo o alimento que é produzido no Brasil. Foi incentivada durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff por políticas públicas que contribuíram até para que o Brasil fosse retirado do mapa da fome da ONU. Agora, os pequenos produtores temem que esses incentivos deixem de existir.

“É uma conquista dos trabalhadores, foi uma luta dos movimentos sociais, como a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e a Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), que junto com os governos do PT, a gente conseguir fazer com que essas conquistas se tornassem políticas públicas e, de repente, isso sumir significa tirar nosso chão”, afirma o produtor agroecológico Daniel Custódio, em entrevista à repórter Viviane Nascimento, da TVT.

“Tinha que ter esse respeito, principalmente, pelas comunidades tradicionais, pela comunidade da pesca, pela agricultura familiar. Os políticos têm que pensar na responsabilidade das decisões que estão tomando, nós não vamos ficar quietos”, diz Margarete Carvalho Teixeira, da União dos Pequenos Produtores Rurais (Unacoop).

Além do medo de perder o incentivo, há comunidades que ainda precisam conquistar o direito de produzir. “Nós, quilombolas, reivindicamos o território, porque nossa luta maior é o nosso território, é a titulação do nosso território, porque precisamos dele para a gente trabalhar na agricultura familiar”, diz Ivone de Matos Bernardo, da Associação das Comunidades Quilombolas do Rio de Janeiro.

Para a consumidora Cátia Barbosa, o contato entre quem produz e quem consome valoriza a agricultura familiar. “Não é só consumir o produto, é toda uma ideia de sustentabilidade, uma ideia de inovação e de buscar saúde.”

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