reforma agrária

MST ocupa latifúndio de grande devedor da União em Goiás

Grupo Naum, proprietário de usina ocupada, deve mais de R$ 1 bilhão a União e trabalhadores e é acusado de crimes ambientais. Trabalhadores também protestaram contra perseguição ao movimento

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‘Nenhuma tentativa de criminalização irá impedir a luta popular pela reforma agrária’, afirma o MST

São Paulo – Cerca de mil famílias de trabalhadores sem-terra ocuparam ontem (31) latifúndio de pouco mais de 20 mil hectares da Usina Santa Helena (USH), que fica na cidade de Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado. Os trabalhadores exigem a desapropriação da propriedade e o assentamento de 6.500 famílias que estão acampadas no estado.

Segundo o MST, a usina pertencente ao Grupo Naouma, que acumula mais de R$ 1 bilhão em dívidas com a União e com os trabalhadores, situação que se repete nas demais usinas do grupo, que também é acusado por diversos crimes ambientais.

A ocupação também é uma resposta à tentativa de criminalização do MST. Thiago Boghi, juiz da Comarca de Santa Helena, é o mesmo que pediu a prisão de quatros integrantes do movimento acusados de integrar organização criminosa. Dois deles estão detidos e outros dois fugiram.

Em nota, o MST reafirma que “nenhuma tentativa de criminalização irá impedir a luta popular pela reforma agrária”. Eles afirmam que a “determinação das famílias aumenta à medida que fica clara a posição ideológica do agronegócio, do latifúndio e do judiciário goiano em tentar manter seus interesses”.

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