Pela democracia

Fórum de direitos humanos denuncia desmonte das políticas sociais

Parlamentares e movimentos sociais lançaram o site Alerta Social, que revela os ataques do governo interino aos direitos humanos

Reprodução/TVT

Para integrantes do Fórum, o governo Temer, em pouco mais de um mês, paralisou as políticas

São Paulo – O desmonte das políticas sociais por parte do governo interino de Michel Temer foi tema do Fórum Direitos Humanos pela Democracia, realizado na Câmara dos Deputados, ontem (30), em Brasília. Para a ex-ministra Tereza Campello, bastou um pouco mais de um mês para que toda a política de direitos humanos construída nos 13 anos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff fosse praticamente paralisada pelo atual governo.

A ex-ministra também disse que o fim do Ministério de Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos e a retirada de mais de 12 milhões de reais de seu orçamento, vai travar as atividades voltadas à faixa mais vulnerável da sociedade, por pelo menos 90 dias.

“O golpe é para implementar uma agenda conservadora, uma agenda que não interessa à brasileira, tirando direitos. Quando se tem um problema de crise no Brasil, o que se corta? O lado social, a saúde, a educação, assistência social”, afirmou Tereza, em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, da TVT.

Durante o fórum, foi apresentada uma nova ferramenta virtual para que todos possam acompanhar em tempo real os ataques do governo aos direitos humanos, o site Alerta Social.

“A gente consegue ver tudo o que aconteceu desde o dia 12 todos os dias tem algum desmonte sendo feito na área social. Então, no Alerta Social você vê o direito que perdeu, para que não fique só indignado, mas se organize e mobilize para impedir que esse desmonte continue”, explica Tereza.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) dividiu os ataques aos direitos humanos em dois aspectos. O primeiro é o econômico. “É a conta da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que é rever os direitos trabalhistas, direitos previdenciários, os interesses multinacionais das grandes empresas, como por exemplo, mudar o regime de partilha do pré-sal.” O outro ponto, segundo Pimenta, é o social. “Os direitos da população LGBT, a luta das mulheres, a luta da afirmação dos direitos humanos. Portanto, hoje, os direitos humanos estão efetivamente em risco.”

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