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Encontro LGBT da UNE discute inclusão e repudia violência

Evento contou com a participação de estudantes, professores, políticos e ativistas que pediram mais políticas públicas e combate à intolerância

reprodução/TVT

Contra a homofobia e pelo direito de ser e amar, estudantes participaram de encontro LGBT da UNE

São Paulo – A União Nacional dos Estudantes (UNE) realizou no final de semana (11 e 12),  na Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, a segunda edição do encontro LGBT da entidade. O evento reuniu cerca de 600 participantes, entre estudantes, especialistas, políticos, militantes e professores, que reivindicaram políticas de acesso à educação, à saúde e ao trabalho para a população LGBT, e pediram mais medidas de combate à intolerância sexual.

Foram aprovadas também moções de repúdio ao discurso de ódio contra as pessoas LGBT, de solidariedade às vítimas da boate Pulse, nos Estados Unidos (onde um atirador fez 50 vítimas fatais e deixou 53 feridos, na noite do sábado), e uma moção de congratulação à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela criação do comitê “UFRN com diversidade”.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, destacou os avanços das políticas públicas na capital, como o programa Transcidadania, de formação profissional, a hormonioterapia gratuita para a população trans e o uso do nome social no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Padilha também alertou para o risco de retrocesso representado pela força da bancada conservadora no Legislativo brasileiro. Infelizmente, temos uma bancada, no Congresso Nacional, extremamente conservadora, retrógrada, que está querendo acabar com todos os avanços que nós tivemos no último período, no enfrentamento à homofobia, ao preconceito, ao estigma e à discriminação”, disse.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) disse que a comunidade LGBT precisa se manter mobilizada para evitar retrocessos, com o avanço da pauta conservadora no Congresso, que tem apoio do governo interino de Michel Temer.

“Nessa etapa da nossa história, o movimento LGBT é extremamente transformador, porque carrega o direito de ser e o direito de amar numa sociedade em que o ser humano é ‘coisificado’ e a violência é tão naturalizada”, afirmou a parlamentar.

 


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