ranço do machismo

Jornalistas lançam campanha contra naturalização do assédio no trabalho

Ação nasceu depois da demissão de jornalista de 21 anos do portal IG, 14 dias após ter denunciado assédio do funkeiro MC Biel

Reprodução/Youtube

Em vídeo, as jornalistas relatam episódios de assédio já sofridos nas redações, entrevistas e com autoridades

São Paulo – Mulheres jornalistas lançaram ontem (20) uma campanha para denunciar o assédio no cotidiano de trabalho. Em vídeo, as jornalistas relatam episódios já sofridos nas redações, entrevistas e até com autoridades. “Esse político só vai falar pra sua matéria se você ir tomar um café com ele ou jogar um charme”, relata uma das participantes da ação.

A campanha Jornalistas Contra o Assédio, um protesto contra a naturalização do assédio sexual no trabalho, nasceu após uma jornalista de 21 anos do portal IG, que denunciou o assédio do funkeiro MC Biel, ter sido demitida da empresa 14 dias após a denúncia.

Segundo o manifesto publicado pela campanha no Facebook, o assédio é um dos ranços do machismo, e expurgar isso é tarefa não só das mulheres, mas qualquer jornalista que pretende ver uma sociedade menos desigual de oportunidades, conceitos, direitos e deveres.

“O machismo piora o jornalismo”, diz uma jornalista. “Nós queremos apenas trabalhar”, completa outra mulher.

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