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Em um ano, ciclovia da Paulista estimula uso da bike e humanização no trânsito

De acordo com Daniel Guth, da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo, pesquisas mostram cada vez mais pessoas usando a bicicleta cotidianamente, passando pela principal avenida paulistana

André Tambucci/Fotos Públicas

Ciclovia de 2,7 quilômetros de extensão construída no canteiro central da Avenida Paulista, entre a Praça Oswaldo Cruz e a Avenida Angélica, representa um marco na luta da mobilidade urbana

São Paulo – Daniel Guth, da Associação de Ciclistas Urbanos de SP, afirma que, um ano depois de sua inauguração, completados hoje (28), a ciclovia da Avenida Paulista registra um nítido aumento do número de pessoas pedalando, principalmente no uso cotidiano como opção de transporte e deslocamento pela principal via paulistana.

De acordo com o ativista, já há pesquisas que mostram cada vez mais pessoas usando a bicicleta no local. “Além disso, visualmente, conseguimos notar um crescimento contínuo no fluxo dessa estrutura que é fundamental para a cidade e a rede cicloviária, afirmou, em entrevista à repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual.

Guth afirma que o aumento do uso da bicicleta aumenta a segurança e a humanização no trânsito. “Quanto mais pessoas usarem a bicicleta, mais seguro é. Isso acontece porque ela aproxima as pessoas, tornando-as mais visíveis. Então, quebra o senso comum, de que o risco aumenta. A bicicleta tem também um componente humanizador no trânsito, porque ela garante a segurança para todos, pois ela acalma o tráfego.”

Após a instalação da ciclovia da Paulista, a tradutora Bárbara Zocal comprou uma bicicleta e sentiu-se mais encorajada para fazer os deslocamentos de bicicleta. “Eu me senti mais confortável em usar a bicicleta em São Paulo por conta da ciclovia. Primeiro, comecei usando a da rua Vergueiro. Mas, com a abertura da ciclovia da Paulista, foi melhor porque abriu outras possibilidades de deslocamento.”

Com 2,7 quilômetros de extensão e construída no canteiro central, a ciclovia da Paulista representa um marco na luta da mobilidade urbana. “É uma demanda história da cidade. Desde 2002 a gente realiza ‘bicicletadas’  ali na região. Em 2007, a gente teve a Praça do Ciclista oficializada. Em 2008, apresentamos à prefeitura um projeto básico de ciclovia para a Avenida Paulista, mostrando a necessidade de uma infraestrutura lá. Então, é uma consolidação de um processo histórico”, diz Guth.

Entre 2014 e 2015, aumentou em 66% o número de ciclistas na cidade. O número de mortes caiu 34% no mesmo período. Os dados foram apresentados pelo prefeito Fernando Haddad no BiciCultura, maior encontro nacional de mobilidade por bicicleta, que foi realizado em maio, na capital paulista.

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