São Paulo – Movimentos sociais farão na tarde de hoje (4), a partir das 14h, um ato de apoio aos estudantes que desde a tarde de ontem ocupam a Assembleia Legislativa de São Paulo. Os secundaristas, que reivindicam a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o desvio de recursos da merenda escolar, prometem permanecer no local. O presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), chegou a cortar a energia nas tomadas do plenário para impedir que os manifestantes recarreguem os celulares, segundo relato de estudantes. O serviço deve ser restabelecido.

A entrada da sala está bloqueada por policiais militares e nem a imprensa esta autorizada a entrar. Mais cedo, durante entrevista coletiva, Capez afirmou que o acesso ao plenário seria fechado para “não dar palco” para os estudantes, no que chamou de uma “estratégia de saturação”. A entrada de comida também foi proibida, porém os deputados petistas João Paulo Rillo e Luiz Turco realizaram uma reunião de pelo menos uma hora com o presidente da Assembleia e conseguiram negociar a entrada de pães, frios e bananas.

Os manifestantes se organizam em grupos de três para comer e usar o banheiro. Ontem, a comida foi entregue também após negociação, pelo padre Julio Lancelotti. O ex-secretário municipal de Direitos Humanos e ex-senador Eduardo Suplicy foi autorizado a entrar no prédio, que tem todas as entradas bloqueadas pela Polícia Militar. Mais cedo, a mãe de um alunos também conseguiu entrar.