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Brasil é o quarto país da América Latina no ranking de mortes no trânsito

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, país registra 23,4 mortes por 100 mil habitantes. Na contramão está a cidade de São Paulo, com diminutas 8,26 mortes por 100 mil habitantes

memória/ebc

Redução nos limites de velocidade em São Paulo apresentaram bons resultados

São Paulo – Estudo divulgado ontem (19) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o Brasil manteve em 2015 uma taxa de 23,4 mortes por acidentes de trânsito para cada 100 mil habitantes, o que coloca o país atrás apenas de Belize, República Dominicana e Venezuela, na América Latina, no ranking de letalidade no trânsito. Os números brasileiros são os mesmos do ano anterior. O relatório parte do ano de 2009, quando foram registradas 19 mortes por 100 mil habitantes.

A OMS vê ligação entre os resultados e a responsabilidade do Estado. Para a entidade, regulamentação e fiscalização deficientes, qualidade inadequada das vias e dos veículos e aumento no número de automóveis são aspectos que amplificam os dados. Para minimizar os danos, as Nações Unidas lançaram, em 2011, a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. O programa visa direcionar e incentivar medidas de combate aos acidentes.

Na direção oposta aos números negativos, está a cidade de São Paulo, que em todo o ano de 2015, chegou a 10,23 mortes por 100 mil habitantes. Em dezembro passado, o número de vítimas fatais foi de 8,26 mortos por 100 mil habitantes.

Estudos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontam razões para os bons números alcançados pela capital paulista. A instalação de faixas exclusivas de ônibus e de ciclovias reduziram as mortes envolvendo bicicletas e pedestres. Com a implantação de mais de 400 quilômetros de ciclovias, as mortes de ciclistas foram reduzidas em 34%, mesmo com o aumento expressivo de usuários do veículo. De acordo com a entidade Vá de Bike, a redução do total de acidentes envolvendo bicicletas foi de 60% em 2015.

Outra iniciativa elogiada foi a redução das velocidades máximas nas vias da cidade. em toda cidade. Nas marginais, os limites foram alterados para 50 quilômetros horários nas faixas locais, 60 nas centrais e 70 nas expressas. O resultado foi uma diminuição de 32,8% das ocorrências.

Com informações da Secom e da ONU-BR

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