Habitação

Sem-teto vão cobrar Alckmin por promessas não cumpridas

Segundo movimentos, nada avançou nos projetos de construção de 10 mil moradias populares, implementação do Conselho Estadual das Cidades e urbanização de favelas

Bruno Miranda/Folhapress

Movimentos esperam reunir milhares de pessoas 2ª feira, em manifestação na Secretaria da Habitação

São Paulo – Na próxima segunda-feira (25), a União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM) e outros movimentos ligados à Central de Movimentos Populares (CMP) vão cobrar do governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), o cumprimento das promessas que até hoje não saíram do papel. Entre elas, estão a criação do Conselho Estadual das Cidades, conforme definido pelo Decreto nº 59.459, de 2013, com participação da sociedade, e a viabilização de 10 mil unidades habitacionais em regime de mutirão com autogestão prometidas por Alckmin também em 2013.

Os manifestantes vão se concentrar na Praça da República, centro da capital paulista, e de lá vão marchar até a sede da Secretaria da Habitação, na Rua Boa Vista, também na região central. Além dos sem-teto, vão participar diversos movimentos organizados em favelas, cortiços, conjuntos habitacionais e ocupações, de várias regiões do município de São Paulo, do ABC, da Região Metropolitana, da Baixada Santista e do interior.

A construção das 10 mil moradias por sistema de mutirão foi prometida por Alckmin após uma marcha realizada pelos movimentos em agosto de 2013. Segundo a UMM, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Secretaria da Habitação se reuniram com as lideranças dos movimentos, mas o processo não avançou.

O conselho foi eleito em 2013, durante a 5ª Conferência Estadual das Cidades. Seus integrantes deveriam ter tomado posse no mesmo ano, mas até hoje o governador não implementou oficialmente o colegiado, nem deu posse aos conselheiros eleitos. “Estamos cobrando do governo do estado de São Paulo ações concretas e efetivas no enfrentamento da crise urbana no estado”, afirmou a UMM, em nota.

Quanto às famílias de baixa renda, moradoras de cortiços e conjuntos habitacionais, Alckmin prometeu dar andamento aos projetos do Programa da Gestão Compartilhada de ações de urbanização e ampliar os programas de revitalização de favelas e de direito à moradia nas áreas centrais. Nenhuma proposta teve qualquer ação efetiva até agora.


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