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Cidade de São Paulo atinge meta de atendimento a desassistidos

Prefeito Haddad afirmou que a implementação de 186 novos serviços de assistência social buscaram atender famílias em extrema pobreza

Suamy Beydoun/Futura Press/Folhapress

Haddad participou nesta terça-feira (5) do lançamento do Atlas Socioassistencial de São Paulo

São Paulo – O prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje (5), durante lançamento do Atlas Socioassistencial de São Paulo, no Paço das Artes, centro da cidade, que todas as famílias que estavam em situação de extrema pobreza, no início do mandato dele, estão sendo atendidas pelos serviços da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads). “Isso demonstra zelo por essa população que estava totalmente desassistida. Com três anos de trabalho cumprimos a meta com folga. E isso, pra nós, é muito importante: saber que comida na mesa todo mundo tem em São Paulo”, afirmou.

Os dados do Atlas compilam informações do censo do IBGE, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e da própria Smads. De acordo com o documento, 511 mil domicílios de São Paulo (14,3% do total) estavam em áreas classificadas como de alta e muito alta vulnerabilidade, em 2010, concentradas na extrema periferia da cidade. A maior parte deles se encontra nas regiões sul e leste. A Subprefeitura do M’Boi Mirim, com 59.257 moradias nessa situação, representa 11,59% do total da cidade.

Além disso, pouco mais de 600 mil famílias tinham renda de até meio salário mínimo, sendo que 25 mil destas ganhavam somente R$ 70 por mês. Em 2010, o salário mínimo era de R$ 510.

Para o atendimento específico dessa população, a gestão Haddad criou, a partir de 2013, 184 novos serviços da assistência social. Com o objetivo, dentre outros, de incluí-las no Cadastro Único para Programas Sociais (Cadúnico) e no Programa Bolsa Família, ambos do governo federal, aquelas que se enquadram nas condições para receber o auxílio financeiro. Na área de assistência social, segundo Haddad, todas as metas propostas para a gestão foram cumpridas e superadas.

“No começo do mandato nos surpreendemos com a quantidade de famílias abaixo da linha da pobreza e que não tinha nenhum tipo de assistência por parte do poder público. São 184 novos serviços oferecidos nos últimos três anos. Alguns inovadores, que não estavam previstos na legislação, mas que eram demandados pela população. Estes serviços são voltados ao conjunto da família, à população LGBT, à população em situação de rua, aos idosos”, disse Haddad.

Somente no Cadúnico foram inseridas 820 mil famílias, sendo 40% delas em situação de extrema pobreza – renda familiar de R$ 70 por pessoa. Desse total, 302 mil foram inseridas no Bolsa Família, 21 mil no Programa Renda Cidadã e 45 mil no Programa Renda Mínima, recebendo ajuda financeira estatal.

As unidades de atendimento chegaram a 1.329, até março deste ano. Entre elas estão Centros de Defesa e de Convivência da Mulher, Centros para Atendimento à População em Situação de Rua (Centros POP), centros de acolhida para todas as faixas etárias, centros socioeducativos para crianças e adolescentes, Centros de Referência da Diversidade, entre outros.

Segundo a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer, os 184 novos serviços foram adaptados às demandas de cada região. “Distritalizamos a pobreza e isso possibilitou chegar mais precisamente nos bolsões de vulnerabilidade social. Esses dados possibilitam abrir os serviços adequados, onde precisamos estar e não estamos.”

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