lutas da juventude

UNE define pauta de mobilizações estudantis

Defesa do monopólio da Petrobras na exploração do pré-sal e campanha pela cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) devem nortear mobilizações dos próximos meses

reprodução/facebook/une

UNE e representantes de diferentes movimentos sociais participaram da reunião de organização das mobilizações

São Paulo – Em reunião da diretoria plena a União Nacional dos Estudantes (UNE) definiu ontem (29) as pautas de mobilização da entidade para os próximos meses. O encontro ocorreu na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), na região central da capital paulista.

A ata oficial da reunião convoca, para março, a “Jornada de Lutas da Juventude”, que visa unir em mobilizações nacionais as entidades de jovens com bandeiras compartilhadas.

A primeira delas tem com eixo central a defesa do monopólio da Petrobras na exploração dos campos do pré-sal. Destaque também para a campanha pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A entidade defende que o parlamentar é o “maior símbolo do retrocesso e do conservadorismo no Congresso”.

Além da UNE, representantes de diferentes movimentos organizados da sociedade civil participaram da reunião de organização. Os temas levantados abordaram aspectos do atual cenário político e econômico do Brasil. Os presentes defenderam união entre as diferentes entidades para garantir direitos conquistados e evitar retrocessos deflagrados por políticas neoliberais.

Um dos pontos mais discutidos no início das atividades foi a aprovação do Projeto de Lei (PL131/2015), de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a Petrobras como única operadora dos recursos do pré-sal, além de excluir a obrigatoriedade de participação da estatal em 30% na exploração da área. Presente na mesa, a integrante do coletivo de mulheres da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Cibele Vieira pediu união entre movimentos sociais em defesa da empresa pública contra o PL.

As pautas conservadoras da atual legislatura foram criticadas durante os debates. De acordo com Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, “os movimentos sociais têm de ter autonomia, têm que fazer pressão, o chamado ‘cogovernar’. E têm de ter inteligência política para não fazer o jogo da direita. Essas três coisas só se consegue com unidade”.

Também participaram dos debates: Wanderson Pinheiro, da Unidade Popular pelo Socialismo; Pedro Campos, do Partido Pátria Livre; e Ricardo Gebrim, do Consulta Popular.

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