Coletivo de mulheres do Rio usa a arte para preservar cultura negra
Grupo reúne negras que estão cansadas de não se reconhecerem na televisão, na literatura ou na arte
Publicado 10/03/2016 - 09h23
São Paulo – A arte como instrumento de preservação da cultura negra é a proposta do Coletivo Mulheres de Pedra. Atuante na Pedra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, o grupo se expressa através do cinema, da música e de saraus.
O curta-metragem “Elekô”, produzido pelo coletivo e lançado em 2015, busca sintetizar em seis minutos, como a mulher negra se enxerga na história do Brasil, além seu protagonismo nos dias atuais. “Não foi somente o protagonismo da mulher negra, mas no protagonismo das mulheres que não estão em cena“, explica a integrante do coletiv, Simone Ricco, em entrevista à repórter Paula Ottoni, da TVT.
O Sarau Pedra Pura Poesia, organizado pelo coletivo, reúne mulheres que estão cansadas de não se reconhecer na televisão, na literatura ou na arte, conta Simone. “Quando estou em um espaço que está cercado de outras mulheres que passam por questões que eu também passo, eu me sinto encorajada para dizer algo pessoal.“
Para Leila Netto, também do Coletivo, o nome do grupo reflete no emponderamento da mulher negra. “Não é só de Pedra de Guaratiba. Primeiramente, somos mulheres fortes como pedra, somos capazes de resistir e ir adiante. Então, temos mulheres que estão aqui para mostrar sua voz e autonomia.”
Assista: