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Agricultores familiares fazem novas mobilizações por soluções para a seca

Impactados pela severidade do clima no interior de MG e ES e pelos danos causados pelo desastre de Mariana, trabalhadores acumulam dívidas

César Ramos/Contag

Ontem (8), os agricultores estiveram no ministério do Desenvolvimento Agrário para cobrar por mais recursos

São Paulo – Cerca de 700 agricultores familiares de Minas Gerais e do Espirito Santo estão em Brasília para cobrar medidas de redução de danos causados pela seca que assola o interior dos dois estados, além dos impactos ambientais e econômicos causados pela lama proveniente da barragem da mineradora Samarco que atingiu diversos municípios mineiros e capixabas, no entorno do Rio São Francisco. Hoje (9), devem se reunir com representantes do ministério da Fazenda e com ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.

Ainda pela manhã, também farão ato na Esplanada dos Ministérios reivindicando avanços na negociação e a liberação de mais recursos para a agricultura familiar. Na parte da tarde, os agricultores se reunirão com bancadas dos respectivos estados, na Câmara dos Deputados, para tratar dessas questões e também de projetos de lei em andamento de interesse dos trabalhadores.

A seca e os danos ambientais advindos do desastre inviabilizaram o acesso à água a milhares de famílias agricultoras que, sem produção, viram-se impossibilitadas de saldar suas dívidas relativas ao crédito rural.

Ontem (8), os agricultores realizaram ato em frente ao ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e, em seguida, uma comissão foi recebida pelo ministro Patrus Ananias. O grupo esperava uma resposta mais efetiva, mas segundo o ministro, faltam recursos para o desenvolvimento de ações de socorro à agricultura familiar.

Também ontem, os agricultores participaram de Audiência Pública da Comissão Especial da Crise Hídrica, na Câmara dos Deputados, com o objetivo de debater os impactos da crise sobre a agricultura familiar nos estados de Minas Gerais e Espirito Santo.