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Um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, SUS vai completar 28 anos

Programa recebe ainda menos recursos do que necessita, mas tem imagem distorcida por meios de comunicação que preferem alimentar o preconceito com o sistema a difundir o seu potencial de atendimento

TVT/Reprodução

Equipe de agentes comunitários de saúde visitam família em bairro da periferia de São Bernardo do Campo

São Paulo – O Sistema Único de Saúde, um dos mais maiores sistemas públicos do mundo, que vai completar 28 anos em 2016, foi o assunto do programa Bom par Todos, da TVT, na semana que passou. O programa faz um levantamento dos tipos de atendimento realizado pelo serviço público, de simples procedimentos a complexas intervenções, relata a história da mobilização social para fazer com que o direito à saúde fosse contemplado na Constituição de 1988 – regulamentado dois anos depois – e revela o grande potencial do sistema de atender às demandas da população, por trás do preconceito difundido na opinião pública há um potencial.

A professora Laura Macruz Feuerwerker, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, observa que várias pesquisas revelam que as pessoas que mais falam mal do SUS são pessoas que não usam. Boa parte das críticas feitas ao sistema se confundem com as feitas pelos usuários de planos de saúde. “Por exemplo: médico não olha na sua cara, médico fica olhando o computador.”

São de fato problemas reais, em grande medida porque o SUS vem sendo construído com menos recursos do que necessita. “Em países que têm modelo semelhante ao programa saúde na família, por exemplo, há uma média de uma equipe para cada 1.500 pessoas; aqui é um para cada 1.500, 2 mil famílias (três a quatro vezes mais gente)”. diz Laura. O sistema, ressalta a professora, estende a cobertura as pessoas, presta serviços para todos, mas contando com menos capacidade do que seria necessário, por isso nem sempre as pessoas conseguem acessar o que elas precisam no tempo que precisam.

Algumas informações, porém, são desconhecidas da população. Enquanto a chamada saúde suplementar faz apenas atendimento médico, os braços do SUS são muito mais abrangentes, com menos recursos. São serviços que fazem parte do sistema público centros e postos de saúde, hospitais públicos, incluídos os universitários, laboratórios e hemocentros, serviços de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, institutos de pesquisas acadêmicas e científicas.

Assista ao Bom para Todos. São três blocos de menos de oito minutos.

 

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