Contra alta de tarifas

MPL diz que não informará com antecedência trajeto de novo ato

Movimento fala em 'interpretação absurda' da Constituição pela Secretaria da Segurança Pública paulista

Arquivo RBA

São Paulo – O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo, que fará nesta terça-feira (26) a sexta manifestação contra o aumento da tarifa de transporte público, informou hoje (25) que não divulgará com antecedência o trajeto da mobilização. A decisão contraria a postura da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que tem reprimido as mobilizações cujo percurso não é negociado com a polícia, como ocorreu no último protesto, quinta-feira passada (21).

“Em uma interpretação absurda da Constituição, [a SSP] decidiu que tem o direito de determinar o trajeto a ser seguido por uma manifestação convocada por um movimento social”, diz nota do MPL. Amanhã, às 10h, os integrantes do MPL darão entrevista coletiva no Sindicato dos Jornalistas para explicar a decisão. Segundo a organização, o trajeto será discutido diretamente com os participantes do ato durante a concentração.

Em nota, a SSP diz que aguarda até as 19h de hoje o comunicado do percurso. De acordo com a nota, o secretário Alexandre de Moraes coloca-se à disposição dos organizadores do projeto para uma reunião amanhã (26), às 11h. “Com o prévio aviso e a reunião de planejamento, o Poder Público poderá fazer o remanejamento necessário das linhas de ônibus e do trânsito e a retirada de detritos, para assegurar a segurança de todos e a tranquilidade dos manifestantes”, acrescenta a secretaria.

O MPL criticou também a ação da Polícia Militar nos protestos, considerando-a violenta. “Tais agressões às manifestações se repetem ano após ano, sempre que a população se coloca contra as decisões de políticos que beneficiam aqueles que lucram com a exploração dos trabalhadores”, diz, em nota, o movimento. Para o MPL, é “autoritária e antidemocrática” a postura do governo estadual ao impedir que os manifestantes decidam sobre o trajeto.

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