Repórter da Rádio Brasil Atual volta a receber prêmio de jornalismo

Edição do Prêmio Feac, com tema “Desenvolvimento do voluntariado e práticas solidárias alteram a realidade social”, premia Aneliza Moreira, que há dois anos recebeu menção honrosa do Vladimir Herzog

Arquivo RBA e Varre Vila

Anelize, durante a premiação do Herzog em 2013, e ao lado o mosaico do Varre Vila, pauta premiada deste ano

São Paulo – A repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual, recebeu esta semana prêmio jornalístico promovido pela Federação das Entidades de Assistência Social (Feac), de Campinas, entidade especializada em promover iniciativas de apoio a organizações que promovem trabalho social e solidariedade. A série de reportagens “Varre Vila – Além da limpeza, varredores promovem conscientização ambiental em comunidades da zona leste” foi agraciada na categoria Rádio na 18ª edição do Prêmio Feac de Jornalismo, que teve como temática “Desenvolvimento do voluntariado e práticas solidárias alteram a realidade social”.

Foram inscritos 186 trabalhos nas modalidades Cinegrafista, Fotojornalismo, House Organ, Mídia Impressa, Produto Universitário, Rádio, Televisão, além de Jornalismo On-line, de caráter nacional. A repórter Sandra Paulino, também da Rádio Brasil Atual, ficou entre os 24 selecionados como finalistas com a reportagem “Campanha visa arrecadar lenços para mulheres com câncer”.

É a segunda premiação de Anelize em dois anos. Em outubro de 2013, ela recebeu menção honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo e Direitos Humanos por um série de reportagens de rádio a respeito de parto humanizado versus a violência no parto. Na ocasião, o prêmio da categoria também ficou com a com Marilu Cabañas, também da RBA, por reportagens sobre a luta dos Guarani-Kaiowá do Mato Grosso contra a violência e o extermínio.

O projeto Varre Vila, tema da pauta premiada de Anelize, é uma iniciativa da comunidade Santa Inês, na zona leste de São Paulo, criada para enfrentar o problema do excesso de lixo na região. A campanha é inspirada pela metodologia do educador Paulo Freire, que valoriza o trabalho coletivo como forma de solucionar problemas da comunidade.

“A desorganização do meio ambiente, de jogar lixo em qualquer horário e local, isso é uma questão de saúde publica. A quantidade de doenças transmitidas nos lixões é alta. Vamos nas escolas, mostramos imagens dos lugares paras as crianças, entregamos sacos de lixo, e se aquela escola já tiver alguma ação na comunidade, tentamos fazer juntos, como uma horta comunitária”, dizia na ocasião o líder local Ionilton Aragão, idealizador do projeto.

Quando o Varre Vila conquistou o apoio da prefeitura de São Paulo e a parceria do consórcio Soma, responsável pela varrição das ruas da região, o projeto instalou no início 750 lixeiras e contratou varredores dentro da própria comunidade. Em três anos, o Varre Vila está presente em quatro comunidades da cidade de São Paulo e em três em Alagoas.

Acompanhe as reportagens de Anelize, feitas em julho deste ano:

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