crise hídrica

Apesar das chuvas, São Paulo ainda vive ameaça de falta d’água

Chuvas superaram a média no mês de novembro, mas a crise hídrica e o corte no abastecimento continuam. Para especialista, medidas de emergência não foram capazes de resolver os problemas

Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

A previsão do Coletivo de Luta Pela Água é que só em março o sistema Cantareira saia do volume morto

São Paulo – “As medidas tomadas pelo governo de Geraldo Alckmin (PSBD-SP) para enfrentar a falta de água, não são capazes de tirar a população dessa crise”, afirma o membro do Coletivo de Luta Pela Água Edson da Silva, em entrevista à TVT.

A previsão é que só em março o sistema Cantareira saia do volume morto. Segundo Edson, as chuvas superaram a média no mês de novembro, mas a crise hídrica e o corte no abastecimento continuam. “O sistema de redução de pressão e corte no abastecimento é constante, em alguns casos, foi até aprofundado. O que o governo percebeu é que além de você fazer com que as pessoas consumam menos água, em função da redução de pressão, ele também consegue diminuir as perdas de água no sistema.”

A dona de casa Marina Arraes conta que o rodízio de água ainda é constante, e para sobreviver armazena água da chuva. “Falta muita água. É dia com água e dois sem, mas já cheguei a ficar quatro dias sem água. As vezes tem água na rua de baixo, mas na minha não.”

Através de uma pesquisa realizada com os moradores da cidade, o Coletivo concluiu que a falta de água atinge mais a população periférica que mora em locais altos. Segundo Edson, essas pessoas sofrem de forma dupla. “Além de ser punida por ter reduzido a quantidade de água que ela pudesse usar, ela teve que arcar com o aumento de tarifa.”

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