Direitos Humanos

Sottili quer ‘mais e mais direitos’ e ‘ser humano no centro das políticas’

Novo secretário de Direitos Humanos defende articulação com ministérios e aposta na participação para aprofundar a democracia

reprodução/Facebook

Sottili vai trabalhar com Nilma Lino, no Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos

São Paulo – Ao assumir como secretário nacional de Direitos Humanos, Rogério Sottili defende o aprofundamento da democracia com participação social e a articulação entre ministérios para o desenvolvimento de políticas na área. No momento em que cresce o acirramento de movimentos conservadores, que atacam direitos sociais já conquistados, Sottili promete avançar. “Nós vamos trabalhar numa perspectiva de pensar os direitos humanos numa forma que promova mais e mais direitos para as populações”, diz o novo secretário.

Em entrevista à repórter Marilú Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Sottili refere-se ao novo desafio à frente da Secretaria Nacional de Direitos Humanos com o verbo ajudar. Ele revela que sonhou a vida inteira em poder ajudar a construir um Brasil fincado em valores de solidariedade, desenvolvimento humano e de direitos humanos, como um todo.

“É da minha natureza. Eu acredito nisso, e acredito nos direitos humanos como o programa máximo de qualquer país. É extremamente revolucionário, porque coloca a pessoa no centro das preocupações, coloca o ser humano como centro das políticas públicas.”

A secretaria é vinculada ao recém-criado Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, comandado por Nilma Lino Gomes. A escolha de Sottili é o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por ele na própria secretaria, durante a gestão do ministro Paulo Vannuchi, no governo Lula, e na secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo, no governo Haddad.

“Precisamos fortalecer cada vez mais a nossa democracia. Nossa democracia é recente e não se pode, em hipótese alguma, abrir espaço para que haja refluxo, do ponto de vista democrático”, defende Sottili, que aposta na participação social.

“A sociedade está faminta de participação. A sociedade quer participar, quer discutir e decidir, quer opinar, e tem capacidade para isso. Ela sabe onde estão as demandas sociais, e nós temos que abrir e democratizar cada vez mais os canais do Estado.”

Após ter desenvolvido trabalho que é referência na acolhida de refugiados, durante sua passagem na prefeitura de São Paulo, Sottili pretende colaborar com o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, em relação a essa questão, já que as políticas de imigração estão subordinadas ao Ministério da Justiça.

“O Brasil está se abrindo para os imigrantes, quando a Europa está se fechando. Nós sempre dissemos que São Paulo é o que é porque tem imigrantes. E o Brasil é a mesma coisa, não é diferente”, ressalta o secretário. Tenho excelente relação com o Beto Vasconcelos, e vamos fazer uma dobradinha maravilhosa.”

A questão indígena também preocupa o novo secretário, principalmente as mortes que ocorreram no Mato Grosso do Sul. Sottili lembra que existe um órgão responsável para tratar da questão indígena, a Funai, e novamente defende a cooperação.

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