memória

ONU reúne imagens e sonoras históricas de seus 70 anos

Acervo possui 850 mil fotos e 18 mil horas de áudio, como a leitura da Declaração Universal dos Direitos Humanos feita por Eleanor Roosevelt em 1948

Acervo/ONU

Ex-primeira dama Eleanor Roosevelt segura a Declaração Universal dos Direitos Humanos

São Paulo – Para preservar os 70 anos da ONU, uma equipe de dez pessoas cuida do acervo da organização mundial. O chefe da Unidade de Multimídia da ONU, Antônio Carlos da Silva, afirma que a seção conta com 850 mil fotos, 100 mil horas de vídeo e 18 mil horas de áudio.

Para o responsável pela preservação dos itens, os arquivos são parte da história mundial. “Você vê um pouco a história da humanidade, da segunda metade do século 20 até os dias de hoje, contada através deste acervo. É muito importante para a mensagem da ONU e para o trabalho da organização ter esse material mantido e preservado para gerações futuras, que vão através desse material audiovisual, se sensibilizar e saber o que aconteceu naquela época.”

Segundo Antônio, a organização pensa em criar o Museu da ONU para exibir os materiais. “Da parte audiovisual, por incrível que pareça, nós ainda temos equipamentos que hoje já não tocam mais, são obsoletos, mas são quase que peça de museu, são uma relíquia. Nós já discutimos criar um centro de interatividade, para que as pessoas possam ter acesso a essa história. Resta conseguir fundos para essa ideia interessantíssima e importante.”

O acervo possui inclui sonoras raras, como a leitura da Declaração Universal dos Direitos Humanos feita por Eleanor Roosevelt em 1948 e uma coletiva de imprensa de Pelé, gravada em 1992. Após 25 anos trabalhando com os arquivos, Silva diz que tem seus materiais preferidos.

“Quando eu vejo fotos de pessoas no campo, sendo ajudadas pela ONU, essas imagens me tocam muito.Em termos de áudio, um áudio que me toca muito toda vez que eu ouço, é o discurso de Pablo Neruda. Em 1972, ele recita seus poemas, é muito tocante”, conta.

Parte da galeria já está disponível na Biblioteca Audiovisual da ONU.

Luz

Mais de 300 edifícios e monumentos de 75 países ao redor do mundo estão iluminados de azul desde sexta-feira (23) para comemorar os 70º anos e o Dia da ONU. A celebração segue até a noite de ontem (24).

“Ao transformar o mundo no azul da ONU por um dia, podemos iluminar o caminho para um futuro melhor”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Sou grato pelos nossos Estados-membros estarem mostrando tão forte entusiasmo para marcar os 70 anos de apoio à paz, ao desenvolvimento e aos direitos humanos”, acrescentou.

No Brasil, pelo menos 33 lugares em oito cidades estão iluminados. Entre eles, o Cristo Redentor, o Maracanã e o Palácio Guanabara (Rio de Janeiro); o Palácio Itamaraty e a Catedral de Brasília (Brasília); o Elevador Lacerda, o Farol da Barra e o Estádio da Fonte Nova (Salvador), o Viaduto do Chá, e o Palácio dos Bandeirantes (São Paulo).

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