igualdade de gênero

Santa Catarina adere a movimento da ONU contra violência e discriminação da mulher

Iniciativa faz parte de esforço para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu pleno potencial de desenvolvimento

ONU Mulheres / Divulgação

Pedro Baldissera é coordenador da Frente Parlamentar Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

São Paulo – O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Santa Catarina (Cedim-SC) e a Coordenadoria Estadual da Mulher (CEM) lançam amanhã (26) o movimento #ElesPorElas, da ONU Mulher. A iniciativa faz parte de um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial. O movimento espera que, juntos, homens e mulheres possam organizar uma nova sociedade.

“Reforçamos a importância do engajamento dos homens de Santa Catarina no enfrentamento à violência e a todas as formas de discriminação contra a mulher”, afirma a presidenta do Cedim-SC, Sheila Sabag, integrante da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos e da Casa da Mulher Catarina.

Em carta enviada à ONU Mulheres, Sheila cita os cinco municípios catarinenses constantes no mapa commais incidência de crimes de feminicídio: Lages, Mafra, Criciúma, Balneário Camboriú e Chapecó. Para Sheila, é preciso que “as instituições catarinenses demonstrem seu compromisso em nome da igualdade de gênero” e na garantia de direitos de mulheres.

No lançamento amanhã, às 19h30, na Assembleia Legislativa do estado, estarão presentes Júnia Puglia, consultora sênior da ONU Mulheres Brasil, e a secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas, Rose Scalabrin, entre outras autoridades.

Também haverá amanhã a reinstalação da Frente Parlamentar Catarinense Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Instituída em 2013, por proposição do deputado estadual Pedro Baldissera (PT-SC), a frente tem como objetivo “promover o debate acerca do tema, buscando a concretização de ações de enfrentamento da violência doméstica e familiar e fortalecimento das redes de atendimento às vítimas” em apoio à aplicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

“Enfrentamos uma realidade de falta de estrutura de proteção à mulher vítima de violência, bem como de uma participação desigual nos espaços decisórios, inclusive na iniciativa privada, onde mesmo com função idêntica, o salário da mulher é inferior. Temos, todos, um compromisso com esta luta. Por isso, nosso mandato e a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência estão na campanha”, disse o padre Pedro Baldissera ao convocar o poder público a somar-se à iniciativa.

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