São Paulo – O ministro da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, Pepe Vagas, confirmou hoje (13) a destinação de recursos para manutenção do projeto de identificação das ossadas de Perus, em São Paulo. Segundo ele, estão reservados R$ 1,8 milhão do orçamento da pasta para pagamento de peritos. O projeto resulta de uma parceria firmada há quase um ano entre SDH, a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o que envolve também o Ministério da Educação.

Relembre: Última etapa para as ossadas de Perus: perto, talvez, da identificação. Peritos da Unifesp trabalham na catalogação de ossadas desde início do ano

Trata-se da análise de 1.049 ossadas encontradas em 1990 no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na zona noroeste da capital paulista. Durante anos, o material foi deixado em condições inadequadas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), até ser transferido para o Cemitério do Araçá, em São Paulo. Parte dessas ossadas pode ser de desaparecidos políticos. A partir da mobilização de familiares, foi firmada a parceria para tentar identificar a quem pertencem as ossadas. Os trabalhos têm sido feitos em uma casa –cujo endereço é mantido em sigilo por questões de segurança – na zona sul da capital.

A fase de análise de material genético será feita no exterior. A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que era prefeita de São Paulo na época da descoberta, apresentou emendas para garantir recursos para viabilizar a análise de DNA.