moradia

Capital paulista terá 50 reintegrações de posse até o final do ano

Desocupações devem afetar cerca de 12 mil famílias. Fila de espera em programa habitacional pode chegar a dez anos

reprodução/TVT

Cerca de 480 famílias ocupam área, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, que será desocupada amanhã (16)

São Paulo – Cerca de 50 áreas ocupadas, na cidade de São Paulo, devem sofrer reintegração de pose, até o final do ano. São milhares de pessoas que ficarão sem ter onde morar, como é o caso de 480 famílias que começaram a ser despejadas da área, na Brasilândia, zona norte de são Paulo, na última sexta-feira (15).

A única alternativa oferecida a elas é um cadastro em programa de habitação, que já possui milhares de famílias na lista.

Os moradores afirmam que o terreno que estava abandonado há 60 anos, quando as 450 famílias chegaram aqui, um ano e meio atrás. “Essas famílias, na verdade, cumpriram a função social da área”, afirmou Christian Rodrigues, coordenador do movimento Moradia e Emprego.

“A gente custou muito para comprar uma madeirite, para hoje eles virem, passar um trator por cima, e quebrar. Nós gastamos o nosso dinheiro, o único que tinha”, indigna-se Gleide Benedita Torres, da Frente de Luta por Moradia.

No terreno, que pertence à prefeitura, serão construídas moradias do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, destinadas às famílias que já estão cadastradas em programas habitacionais. As que hoje vivem aqui precisam aguardar na fila de espera, que pode chegar a dez anos. Os moradores têm prazo para deixar as casas até amanhã (16), quando acontece a reintegração.

As famílias foram avisadas que amanhã as crianças da comunidade não terão aula, pois a escola será usada como base da Polícia Militar para a ação. Só na zona norte, três comunidades foram reintegradas, na última semana, afetando cerca de 3 mil famílias.

Assista a reportagem completa de Vanessa Nakasato para o Seu Jornal, da TVT:

Leia também

Últimas notícias