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Deputados estaduais paulistas lançam frente pela reforma agrária

Parlamentares pretendem ouvir agricultores familiares e auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas para os trabalhadores rurais

Marco Cardelino/Alesp

Márcia Lia, ao centro, e o ministro Patrus Ananias, a esquerda, prometeram atuar em parceria para avançar

São Paulo – Com o objetivo de apoiar a implementação de políticas públicas para trabalhadores rurais e a retomada da reforma agrária em São Paulo, foi lançada hoje (26), na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Segurança Alimentar, coordenada pela deputada estadual Márcia Lia (PT). Entre os objetivos está fomentar uma rede de entregas para melhorar a oferta de produtos oriundos da agricultura familiar.

“Temos caminhado muito no combate à fome, mas precisamos caminhar muito mais”, disse Márcia. Segundo ela, em meados de julho a frente vai formar um grupo de trabalho e desenvolver um plano de atividades. A ideia é também contribuir na organização de cooperativas e na agilização de processos de reforma agrária, em parceria com os movimentos sociais. “Queremos ouvir os problemas dos que estão na roça”, afirmou.

O evento contou com a participação do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

O ministro reafirmou o objetivo de assentar todas as famílias que ainda estão em acampamentos na zona rural, até 2018. “Eu recebi uma tarefa da presidenta Dilma Rousseff para a qual conto como o apoio de todos vocês: em 30 dias apresentar uma proposta concreta para um vigoroso processo de reforma agrária e assentamento em todo o território nacional. Nossa meta é, até 2018, não ter nenhuma criança debaixo da lona no país”, declarou Ananias.

Ele também destacou o recém-lançado Plano Safra da Agricultura Familiar, programa do governo federal cujos recursos foram aumentados de R$ 24 bilhões, no ano passado, para R$ 28,9 bilhões neste ano. Ananias destacou o que considera pontos principais do plano: o aumento dos programas de crédito para acesso à terra e o incremento nas demarcações de terras improdutivas.

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