Chuvas

São Paulo registra 364 pontos de alagamento neste verão, mais do que no ano passado

Capacidade de reservação de água na cidade hoje é de 4,7 milhões de metros cúbicos, volume que deverá crescer 52% com novas obras de drenagem que estão em andamento

Cesar Ogata/ Secom

Nádia Campeão afirma que árvores serão cadastradas ainda este ano: dados sobre cada espécime e suas condições

São Paulo – A coleta de lixo e as ações de drenagem promovidas pela prefeitura de São Paulo ainda não foram suficientes para diminuir o número de alagamentos neste verão. A Operação Chuvas de Verão 2014/2015 registrou entre novembro, dezembro e janeiro 364 ocorrências de alagamentos.

No mesmo período de chuvas de 2013/2014 foram 232 pontos de enchentes. Pelo menos 405 toneladas de lixo foram recolhidas das ruas, casas, comércio e indústria em 2014. Já operação Cata-Bagulho, responsável por coletar objetos como móveis velhos, recolheu no último ano 30.365 toneladas de rejeitos.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras possui três grandes intervenções de drenagem na cidade: Ponte Baixa, na zona sul, proximidades da av. Guido Caloi; Cordeiro (fase 1), também na zona sul, região do Brooklin; e Sumaré/Água Preta, na Pompeia, zona oeste. Ao longo dos últimos meses, a pasta analisou os pontos de alagamentos reincidentes em toda a cidade. Dos 43 pontos identificados, 32 possuem algum plano de intervenção.

“A capacidade de reservação instalada em São Paulo hoje é de 4,7 milhões de metros cúbicos. Ao final desse plano, com um conjunto de obras que já estão em andamento, inclusive, nós teremos 2,4 milhões a mais, um incremento de 52% na capacidade de reservação na cidade de São Paulo”, afirmou o secretário Roberto Garibe, chefe da pasta de Infraestrutura Urbana e Obras.

Queda de árvores

A capital registrou 1.765 quedas de árvores de dezembro de 2014 a janeiro deste ano. Dessas, 738 árvores caíram em apenas quatro dias – 29 e 30 de dezembro e 12 e 14 de janeiro, quando houve forte ventania na cidade; 62% das árvores estavam sadias, o que significa que a queda ocorreu em função de forte ventania.

A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, coordenadora da Operação Chuvas de Verão, afirma que foi feito um mapeamento identificando 650 mil árvores instaladas ao longo do sistema viário da cidade, e que a continuidade desse trabalho consiste em cadastrar, ainda este ano, cada espécime e suas condições, na tentativa de rever, entre outros dados, o fluxo de poda feito pelo município ou outros agentes.

“Tivemos 80% de resposta dos chamados por queda de árvores de novembro a janeiro. Lançamos um manual para que a população entenda que tipo de árvore são indicadas para o plantio em locais com fiação, calçadas pequenas. Vamos lançar o de poda também. Há casos onde ela é feita em parte da raiz, e com uma chuva um pouco mais forte a árvore vem abaixo.” Em 2014 a Defesa Civil realizou 102 mil podas e 14 mil remoções de árvores do viário.

Trânsito

O transtorno no trânsito causado em função de semáforos quebrados logo após as chuvas diminuíram, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O chefe de engenharia de campo da CET João Felix afirma que antes do plano de recuperação semafórica 10% dos semáforos quebravam no período de chuvas fortes. Hoje este número é 1,5%.

O contrato de serviços para a manutenção e recuperação da rede semafórica foi iniciado em agosto de 2013. Até outubro deste ano foram revitalizados 4.287 semáforos e instalados 929 nobreaks.

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