Movimentos sociais prometem pulverizar atos contra tarifa pelas periferias
Primeiro ato será realizado nesta sexta-feira (9), no centro. A partir da semana que vem, os protestos serão levados para toda a cidade
Publicado 06/01/2015 - 16h20
Em 2013, atos inicialmente organizados pelo MPL também ganharam reforço de outros movimentos sociais
São Paulo – Movimentos sociais que em junho de 2013 se juntaram ao Movimento Passe Livre (MPL) nos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo irão mais uma vez encorpar as manifestações. Nesta sexta-feira (9), em frente ao Theatro Municipal, no centro, será realizado o primeiro ato contra o reajuste. Até lá, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) vai se reunir com o MPL para definir agenda conjunta de protestos a partir da próxima semana. A mobilização também deve contar com a participação do Luta do Transporte no Extremo Sul.
Segundo o coordenador nacional do MTST, Gulherme Boulos, o modelo das ações ainda deverá ser definido, mas os sem-teto pretendem se concentrar em atos nas regiões onde atuam, zonas leste e sul da cidade. “Somos claramente contra o aumento da passagem. Devemos nos organizar na periferia em ações em sintonia com as do MPL no centro”, garante Boulos.
Durante as manifestações de 2013, o MTST teve papel atuante afirmando que a luta por um transporte público efetivo era também dos trabalhadores, e não somente dos estudantes.
“O transporte público tem de ser acessível a todos, por ser um direito universal. Entendemos que o passe de estudante não garante este direito, portanto, a luta continua”, afirma Carolina Oliveira, liderança do Extremo Sul.