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Quinto ato contra aumento das tarifas de transporte em SP termina pacífico

Em cinco atos, este é o segundo que não termina com repressão policial. Próximo está marcado para quinta-feira (29), na Avenida Paulista

Futura Press/Folhapress

Mobilização vem se mantendo constante, com o número de participantes sempre em torno de 5 mil em média por ato

São Paulo – O quinto ato contra o reajuste das tarifas de transporte público ocorrido hoje (27), em São Paulo, contou com a participação de aproximadamente 7 mil pessoas, segundo o Movimento Passe Livre. A marcha partiu do Largo da Batata, na zona oeste, em direção ao terminal Pinheiros de ônibus, passando pelas avenidas Faria Lima, Eusébio Matoso e Marginal Pinheiros. A PM calculou a participação em mil pessoas e contou com efetivo de 1.200 homens, incluindo cavalaria e Tropa de Choque.

Ao deixar o largo da Batata em direção à Marginal Pinheiros, sob um princípio de chuva, o ato seguiu pacífico. Pessoas nos prédios manifestavam apoio. A PM acompanhou a marcha com uma fila de policiais para evitar que eles ocupassem o sentido centro da avenida Faria Lima. Dessa vez, a tropa do braço, grupamento especializado em enfrentamentos corporais, não esteve na linha de frente.

A PM pretendia impedir que os manifestantes ocupassem a pista local da Marginal Pinheiros, mas desistiu. Eles ingressam na Eusébio Matoso em direção à Marginal Pinheiros e esticaram faixa na passarela de pedestres, em frente ao Shopping Eldorado, onde se lia: “Agora é R$ 3 pra baixo”. Havia poucos policiais no caminho, pois a maior parte do efetivo já se concentrava no terminal.

A Polícia Militar fechou toda a ponte da Eusébio Matoso, nos dois sentidos, para evitar que manifestantes atravessassem a Marginal Pinheiros e bloqueassem o sentido Interlagos da via. Os policiais da Tropa de Choque estavam sem tarja de identificação. Os manifestantes ocuparam totalmente a via local da Marginal Pinheiros, no sentido da rodovia Castello Branco, aos gritos: “A marginal é nossa”.

A Tropa de Choque e a Força Tática da PM cercaram o Terminal Pinheiros de ônibus. Os coletivos foram impedidos de entrar e de sair. A Polícia também cercou o prédio da editora Abril. No entanto, nenhum confronto ocorreu. Os manifestantes encerram o ato onde ele havia começado, no Largo da Batata, comemorando a segunda mobilização deste ano encerrada sem conflito. A primeira foi na zona leste, no último dia 20.

O próximo ato está marcado para quinta-feira (29), 17h, com concentração no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

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